Autor: Moacyr Scliar
Editora: Global
Ano: 2014 (a 8ª ed.)
Páginas: 75
Nota: 4/5
Sinopse: Esta história é um manifesto contra sentimentos e emoções pré-concebidas e, em especial, o preconceito contra judeus e negros. O autor traz à tona o tema do estranhamento do diferente, a incapacidade de aceitação, pela sociedade, daquele que foge dos padrões sociais e culturais estabelecidos como 'normais'. Mardo, um judeu, e Carlos, um negro, discriminados, lutam para ficar amigos e serem aceitos no colégio e nas respectivas famílias. A mãe de Mardo, judia, ao imigrar para o Brasil, deixa na Rússia um sonho de infância - o de comer abacate. Fruta cara, inacessível, o abacate representa o sonho improvável de liberdade, felicidade, conquista e esperança.
Você não encontrará esse título em nenhuma lista de best sellers ou espaço de destaque em grandes livrarias, talvez ao vê-lo você o julgue mal pela capa e acabe formando um preconceito (ou seja, fazendo uma ideia sobre ele antes de realmente conhecer). Não se engane essa deliciosa leitura é mais do que recomendada, vale a pena cada linha.
É um livro simples com uma história singela que não tem grandes pretensões e fala de pessoas normais com problemas bem comuns; porém, assim como nas grandes ideias, a sua genialidade está na simplicidade. A literatura está cheia de personagens fortes, com super poderes ou que tem algo de especial; enredos complexos e dramas elaborados que chamam a atenção pelo incomum e arrastam os leitores a aventuras em lugares distantes, excepcionais e conflitos internos e externos tenebrosos. Em face dessas obras, o mérito de Um sonho no caroço do abacate é conseguir se destacar e ter um público sem esses recursos.
Logo no primeiro capitulo o curioso título é explicado, o narrador-personagem Mardoqueu Stern conta a história de seus pais, judeus lituanos que chegam ao Brasil fugindo da ocupação nazista. Na Rússia, onde viviam, o abacate era muito raro e caro e a mãe de Mardoqueu sonhava em conhecer essa fruta, que no livro se torna uma metáfora para o sonho de uma vida melhor, a primeira coisa que o pai dele faz ao desembarcar é conseguir o tal abacate, mesmo sendo um imigrante paupérrimo e que não sabia falar português, realizando assim o sonho de sua esposa.
Após um breve relato das dificuldades que o casal passou e descrição da sua família, ele finalmente começa a narrar sua história, o drama principal do livro. Ele não é um bom aluno e o pai, querendo um futuro melhor pro filho, consegue matriculá-lo no Colégio Católico Padre Juvêncio, frequentado por filhos de fazendeiros e de industriais, o diretor aceita a matrícula de um aluno judio pra mostrar que seu colégio é moderno, mas avisa logo que a vida de Mardo (como ele é conhecido) não será fácil:
Logo no primeiro capitulo o curioso título é explicado, o narrador-personagem Mardoqueu Stern conta a história de seus pais, judeus lituanos que chegam ao Brasil fugindo da ocupação nazista. Na Rússia, onde viviam, o abacate era muito raro e caro e a mãe de Mardoqueu sonhava em conhecer essa fruta, que no livro se torna uma metáfora para o sonho de uma vida melhor, a primeira coisa que o pai dele faz ao desembarcar é conseguir o tal abacate, mesmo sendo um imigrante paupérrimo e que não sabia falar português, realizando assim o sonho de sua esposa.
Após um breve relato das dificuldades que o casal passou e descrição da sua família, ele finalmente começa a narrar sua história, o drama principal do livro. Ele não é um bom aluno e o pai, querendo um futuro melhor pro filho, consegue matriculá-lo no Colégio Católico Padre Juvêncio, frequentado por filhos de fazendeiros e de industriais, o diretor aceita a matrícula de um aluno judio pra mostrar que seu colégio é moderno, mas avisa logo que a vida de Mardo (como ele é conhecido) não será fácil:
“- Nossos alunos são todos filhos da classe alta. Fazendeiros, industriais, a nobreza do país. Está na hora e a gente abrir o colégio (...). Estes meninos só convivem entre si, não conhecem outras pessoas. (...) Acho que você terá problemas. Vão gozar de sua cara, vão lhe hostilizar, talvez até bater em você. Uma coisa eu lhe peço: aguente. Não é só por você. É pelo colégio. É até por essa rapaziada, para que eles melhorem como pessoas. Você promete? Você vai ficar firme?”
Ele aguenta essa perseguição (a história se passa nos anos 1960 quando o termo bullying ainda nem havia sido inventado) e com isso amadurece e começa a demonstrar sua verdadeira força. A obra aborda muito o preconceito contra os diferentes, mas não é um texto panfletário sobre tolerância, o autor soube dosar muito bem a mensagem social e a leveza que uma narrativa infantojuvenil precisa para conquistar os jovens que nem sempre tem hábito de leitura.
Mardo logo tem um companheiro nesse sofrimento, algum tempo depois é matriculado Carlos, o filho de um advogado rico que se mudou de Salvador pra São Paulo por causa do emprego. Carlos era negro e embora seja de classe alta e católico, esse detalhe faz com que seja perseguido e mesmo Mardo acaba estranhando ele no início:
Mardo logo tem um companheiro nesse sofrimento, algum tempo depois é matriculado Carlos, o filho de um advogado rico que se mudou de Salvador pra São Paulo por causa do emprego. Carlos era negro e embora seja de classe alta e católico, esse detalhe faz com que seja perseguido e mesmo Mardo acaba estranhando ele no início:
“Por incrível que pareça, eu, membro de um grupo vítima do preconceito, tinha de lutar contra meu próprio preconceito, contra a sensação de estranheza e até de desconforto. Hesitei muito, mas acabei contando isto a ele. Não se zangou, ao contrário: se você tivesse me dito que nunca notou a cor da minha pele, eu não acreditaria, disse.”
É uma história que incomoda o leitor pois, apesar do mundo ter mudado muito da década de 1960 pra hoje, ainda existe muita discriminação e falsa aceitação. Mesmo as pessoas que parecem lutar contra essa terrível realidade, precisam se policiar, porque o preconceito muitas vezes é velado, a pessoa nem percebe que está julgando outra por uma característica inata e não por seus atos.
Como já falei antes, não se preocupe, é um romance comovente que fala de superação e conquistas e não um texto panfletário de grupo político contra o racismo, por isso leia com a certeza de que terá um prazeroso entretenimento que te ajudará a pensar em questões relevantes. Nota 4.
Amei ler esse livro, é simples, detalhado, e o autor deixa bem explícito o preconceito, coisa que hoje em dia é totalmente normal. Foi um leitura divertida, fiquei com vontade de ler mais. E com a leitura desse resumo ficou claro algumas duvidas que tinha sobre o livro.
ResponderExcluirAgora já posso fazer o meu seminário.
OBRIGADA !
Ola moça,me ajuda por farvor ..onde encontro esse livro..Urgente
ExcluirAmei ler esse livro, é simples, detalhado, e o autor deixa bem explícito o preconceito, coisa que hoje em dia é totalmente normal. Foi um leitura divertida, fiquei com vontade de ler mais. E com a leitura desse resumo ficou claro algumas duvidas que tinha sobre o livro.
ResponderExcluirAgora já posso fazer o meu seminário.
OBRIGADA !
Preciso fazer um seminario,por tanto ler o livro,vc comprou em qual site??????
Excluirna internet tem varios sites que vende este livro
Excluir, num preço razoavel
Ótimo livro, foi o primeiro que li e mi apaixonei por ele
ResponderExcluirAlguém mi dar esse livro de presente 🎁😅
ResponderExcluirAlguém entendeu o primeiro conto
ResponderExcluirA primeira parte é a história como os pais de Mardo chegaram ao Brasil, não é um conto separado.
ResponderExcluirQual o tipo narrativo????
ResponderExcluirnarra que o livro fala sobre o preconceito conta negros e judeus
ResponderExcluirQual o Ambiente fisico e social desta história?
ResponderExcluirAmbiente quente e social não sei kk to zuando
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