Resenha: Simplesmente o Paraíso - Quarteto Smythe-Smith #1 Resenha: Uma Lição de Vida Resenha: Era uma Vez no Outono Resenha: Secrets and Lies
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Eu sou o mensageiro: por que nem só de ladras de livro vive o homem

Eu (Lara) não postarei capítulo de Glass hoje (ele virá amanhã, caros leitores invisíveis). Resolvi aproveitar a minha falta de tempo para falar de um dos (senão “O”) meus livros (e autor) favoritos. Meu primeiro contato com este livro foi em uma estante do Extra, e neste dia, por infortúnio, ocorreu de eu não ter dinheiro suficiente para efetuar a compra e levá-lo para casa. Só fui realmente lê-lo alguns anos depois em pdf, e posteriormente o loquei na biblioteca da faculdade e o reli.



Em meu íntimo, consigo inclusive ver minha própria história entrelaçada com a do personagem principal, e talvez isso tenha feito com que me afeiçoasse tanto com a história de um tremendo perdedor.

Autor: Markus Zusak
Editora: Pan Macmillan
Editora no Brasil: Intrínseca
Ano: 2002
Páginas: 320
Sinopse: Seu emprego: taxista. Sua filiação: um pai morto pela birita e uma mãe amarga, ranzinza. Sua companhia constante: um cachorro fedorento e um punhado de amigos fracassados. Sua missão: algo de muito importante, com o potencial de mudar algumas vidas. Por quê? Determinado por quem? Isso nem ele sabe. Markus Zusak, autor do best seller "A Menina que Roubava Livros", nos fornece essas respostas bem aos poucos neste incomum romance de suspense, escrito antes do seu maior sucesso. O que se sabe é que Ed, um dia, teve a coragem de impedir um assalto a banco. E que, um pouco depois disso, começou a receber cartas anônimas. O conteúdo: invariavelmente, uma carta de baralho, um ou mais endereços e...só.
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Romeu e Julieta: Literatura inspira a música

Música e literatura: quem não gosta? São duas coisas que combinam bastante. Você sabia que há diversas músicas inspiradas em livros? Não? Então, vamos conhecer uma?
            


Um dos maiores clássicos da literatura mundial “Romeu e Julieta”, escrito por Willian Shakespeare entre 1591 e 1595, é sem dúvida uma das histórias de amor mais aclamadas pelo público até os dias de hoje.
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Poe, Edgar Allan


(*texto da imagem: “Aqueles que sonham de dia tem consciência de muitas coisas que escapam aos que sonham somente à noite”.)

Hoje eu senti vontade de falar sobre algo que está me perturbando, mas de um jeito gostoso: Edgar Allan Poe! Calma, vou explicar, não pensem besteiras.

Fã de Edgar Allan Poe eu sempre fui, mas devo dizer que nos últimos meses, seis meses pra ser exata, eu me apaixonei por seu mundo! Ando lendo de tudo sobre esse homem, que era um louco, mas são. Esse escritor maluco, mas incrível.

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A Mediadora - A Terra das sombras: fantasmas são o tema principal da trama

Sabe aquela série que não importa se você já a conhece de cor, mas sempre vai querer reler? Então, A Mediadora é uma dessas séries pra mim. Já perdi as contas de quantas vezes já li essa série nesse tempo de mais ou menos sete anos desde o meu primeiro contato com A Terra das Sombras li pela primeira vez em 2007 se não me engano e também foi uma das primeiras séries que eu li, e uma das minhas favoritas até hoje.

Autora: Meg Cabot
Editora: HarperTeen
Editora no Brasil: Galera Record
Ano: 2000
Páginas: 288
 Sinopse: Suzannah é uma adolescente aparentemente comum que tem um problema com construções antigas. Não é para menos. Afinal, muitas dessas casas velhas são assombradas. E Suzannah é uma mediadora, uma pessoa capaz de ver e falar com fantasmas para ajudá-los a descansar em paz. É claro que esse dom lhe traz muitos problemas. Mas nem ela poderia saber a gravidade do que encontraria ao mudar-se para Califórnia. 

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Jogos Vorazes – a revolução está dentro de cada um de nós

Sabe quando você recebe uma indicação literária de uma maneira um tanto quanto errada, e, ao ler o livro você percebe que não é somente uma temática que o cerca? Então, falarei disso através dessa resenha.

Autora: Suzanne Collins
Editora: Scholastic
Editora no Brasil: Rocco
Ano: 2008
Páginas: 400

Sinopse: Este livro é o primeiro de uma bem-sucedida trilogia, comercializada para mais de 20 países, A história se passa em uma nação chamada Panem, fundada após o fim da América do Norte. Formada por 12 distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital, sede do governo. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os 'Jogos Vorazes', uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de 12 a 18 anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte. Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos 'Jogos Vorazes'? 

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Glass: Capítulo 2 - Homens


Capítulo 2 – Homens

Levi sorriu do seu jeito tímido bem característico quando a mãe o abraçou calorosamente.

- Feliz aniversário meu bebê! – Melissa sussurrou em seu ouvido.

- MÃE! – Levi resmungou, apesar de adorar as demonstrações excessivas de afeto da mãe.

- Pare com isso Mel, o garoto já está fazendo dezoito anos, já não é mais uma criança. – Robert falou de longe, enquanto enchia um copo de uísque. – Está na hora de deixá-lo virar homem.
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Tempo versus sonhos



O tempo torna-se cada vez mais fugaz, assim como a minha vida. Não tenho mais tempo de checar minhas correspondências, que, por sinal, sempre chegam atrasadas e trazem consigo contas exorbitantes. 

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Familia


Família

O que realmente significa ‘Família’? Vocês já se pegaram pensando nisso? Eu sempre me pergunto qual o verdadeiro significado dessa palavra e a única coisa que me vem à mente: amigos e parentes de sangue ou não (inclui-se aí as cunhadas, genros, cunhados e afins) que se relacionam. São pessoas que se amam e formam uma unidade, a 'Família'.

Existem aquelas pessoas que apesar de serem amigos, são os irmãos com o qual podemos contar a toda hora, não importa quando for ele sempre estará lá pra você! Pode apostar!
Agora quem já viu aquelas mesas ondem se reúnem as pessoas para o famoso almoço de domingo? Acho que todo mundo aqui já passou por isso ou ainda vai e eu vou dizer uma coisa: vai ser a melhor experiência da sua vida! Eu nunca vou me esquecer das reuniões da minha família que eram fantásticas!

Reunir a família nos almoços de domingo é a tradição mais antiga que eu conheço. Sentarmos todos à mesa, conversarmos sobre o que cada um pensa, como foi à semana ou apenas falar dos tempos de criança.

Minha avó, como boa italiana, juntava todos os filhos, netos, bisnetos, noras e genros em volta da mesa para falarmos de tudo. E como bons descendentes de italianos que somos, aprendemos além de falar com a boca, ‘falamos’ também com as mãos! E era uma folia.
Cada um falava sobre sua vida ao mesmo tempo em que todos os outros. 
Não interessava se você entendia ou não, o importante era estarmos todos reunidos em volta da mesa, comendo a macarronada da Nona num domingo qualquer com a família reunida.


Reunir a família era algo charmoso, confuso, prazeroso e uma tradição de família.
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Sussurro: ar sombrio e mistérios envolvem a trama

Aproveitando que meu Finale finalmente chegou, o último livro da série Hush, Hush, a resenha de hoje será sobre o primeiro livro: Sussurro.


Autora: Becca Fitzpatrick
Editora: Simon & Schuster BFYR
Editora no Brasil: Intrínseca
Ano: 2009
Páginas: 264
Sinopse: Se apaixonar nunca foi tão fácil… ou tão mortal. Para Nora Grey, romance não era parte do plano. Ela nunca se sentiu particularmente atraída por nenhum garoto de sua escola, não importa o quanto sua melhor amiga Vee os empurre para ela. Não até a chegada de Patch. Com seu sorriso tranquilo e olhos que parecem enxergar dentro dela, Nora é atraída por ele contra seu bom senso. Mas após uma série de acontecimentos aterrorizantes, Nora não sabe em quem confiar. Patch parece estar onde quer que ela esteja, e saber mais dela do que seus amigos mais íntimos. Ela não consegue decidir entre cair nos braços dele ou correr e se esconder. E quando tenta encontrar algumas respostas, ela se acha próxima de uma verdade que é bem mais perturbadora do que qualquer coisa que Patch a faça sentir. Pois Nora está bem no meio de uma antiga batalha entre os imortais e aqueles que caíram – e, quando se trata de escolher lados, a escolha errada poderá custar sua vida.
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Você não vale nada, mas eu gosto de você...


Sem generalizar, mas é uma questão pertinente e que há muito me intriga: homens são todos iguais? Será mesmo que essa tão afirmada frase pelas mulheres faria algum sentido? Ouso em expressar duas respostas distintas: sim (realmente a proporção homem que presta x homem que não presta pende na balança para o segundo) e não, e, indo mais além, tiro conclusão de que é mais fácil dizer que mulher é tudo igual (mais uma vez repito: sem generalizar).
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Por que não precisa definir para ser


Essa semana tudo pareceu conspirar pra eu ter a pior visão de namoro possível, parecia que todos os meus amigos comprometidos brigavam com seus pares por motivos chulos, a mãe de “fulano” tinha problema com a namorada do tal porque a menina não era da mesma religião, o outro estava brigando no telefone porque achava que a moça não o dava atenção suficiente e, no meio dessa guerra de brigas ridículas e pazes forçadas, estava eu, observando tudo e pensando “meu Deus, o que eu tenho é tão melhor do que isso”.
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Glass: Capítulo 1 - Detetive


Capítulo 1 – Detetive
O dia estava quente e o ar condicionado da sala havia enguiçado. Por causa da falta de verba, estava sendo obrigado a se virar com um ventilador de parede tão obtuso quanto o próprio delegado Mayhew.

O detetive Carlile assinava uma pilha de protocolos atrasados, enquanto um filete de suor escorria por suas têmporas e ameaçava cair sobre o papel. A pior parte de ser detetive era a burocracia que precisava enfrentar para dar andamento a alguns casos.
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Brain Divided: O que se deve ou não fazer no primeiro encontro?

Brain Divided nos mostra como nosso cérebro funciona no primeiro encontro. Ah, o primeiro encontro! O temido primeiro encontro. Ninguém sabe o que falar e rola aquele silêncio infinito e muito menos o que se deve fazer.  É complicado encontrar um assunto interessante para os dois, ah... E ainda devemos ser legais nem tanto, atraentes sem exageros e inteligentes mas sem esbanjar muito. Ufa, muita coisa para uma pessoa só, não acham?



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Morte Súbita: crítica social e temas polêmicos

Quando se fala de JK Rowling, pensa-se logo em Senhor dos Anéis Harry Potter. Sim, aquela famosa série de livros que virou uma famosa série de filmes. Mas o livro da resenha de hoje não tem absolutamente nada a ver com Harry Potter. Poderia ser até de um autor diferente.


Autora: JK Rowling
Editora: Little, Brown and Company 
Editora no Brasil: Nova Fronteira
Ano: 2012
Páginas: 504
Sinopse: Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos.
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Escrever



A tarefa de escrever para algumas pessoas é tão torturante quanto queimar um arroz ou ficar sem celular por semanas.
O ato escrever pode ser prazeroso ou torturante depende da pessoa e do que ela vai escrever. E pensar que escrever algo to natural como se escovar os dentes ou tomar banho. Sem perceber você já está escrevendo!
Escrever uma carta de amor para os amantes, por exemplo, fácil: flui, deslancha. Escrever uma carta de despedida... Essa ninguém consegue, nem o próprio suicida.
Escrever algo que vem da alma, acompanhada de sentimentos, e ás vezes esses sentimentos vem misturados, mas que você começa, não consegue mais parar.
A escrita é  necessária para se comunicar com as pessoas, deixar registros de atos que aconteceram no passado e até do que possa vir no futuro.
Escrever é um ato de amor, ódio, pavor, desabafo... um ato cotidiano como esse agora, que estou escrevendo sobre o ESCREVER.

Deixar o registro de que passei por aqui na esperança de que alguém possa... Ler.
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Não, não, NÃO!



 Se há uma palavra tão negativa é esse não. Literalmente uma negação. Geralmente utilizada para exprimir a proibição a algo. Sempre imperativa, é imposta por outrem, adotando uma postura de autoridade. 
 Quando na infância, é uma das interjeições que mais é ouvida. As figuras paternas e maternas, com o instinto protetor, vetam certas ações que poderiam ser consideradas prejudiciais. PREJUDICIAIS! Uma palavra que, ao mesmo tempo, é tão certa e objetiva, relativa e abstrata. Como pode isso ser duas coisas tão díspares ao mesmo tempo? Não podem. O homem inconscientemente vê relações onde elas não existem.
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SORTEIO: Fallen [PROMOÇÃO FINALIZADA - VENCEDORA ANDREIA CRUZ]

O rascunho com café está sorteando o Livro 1 da saga Fallen!



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O Sorteio acontecerá no dia 30/03. A promoção é válida em todo o território nacional.


Caso ainda não conheça a saga, fizemos uma resenha especial sobre Fallen, confira neste post.
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Fallen: criaturas sobrenaturais + romance = combinação imperdível

 Olá! Hoje temos resenha de livro no Rascunho com CaféHoje irei comentar um pouco sobre o livro Fallen, de Lauren Kate.




 Autora: Lauren Kate
 Editora: Delacorte Books for Young Readers
 Editora no Brasil: Galera Record
 Ano: 2009
 Páginas: 452



 Sinopse: Algo parece estranhamente familiar em relação a Daniel Grigori. Solitário e enigmático, ele chama a atenção de Luce logo no seu primeiro dia de aula no internato. A mudança de escola foi difícil para a jovem, mas encontrar Daniel parece aliviar o peso das sombras que atormentam seu passado: um incêndio misterioso levou Luce até ali. Irremediavelmente atraída por Daniel, ela quer descobrir qual é o segredo que ele precisa tanto esconder... mesmo que isso a aproxime da morte.
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Mulher

"Feliz dia da mulher!", me disseram hoje e parei pra pensar no quanto mulher é um “bicho” mais macho que muito homem.


Mulher sangra cinco dias por mês, ás vezes até mais e ainda é saudável e a incrível habilidade de gerar filhos? É mágico e tudo que as mulheres precisam é de uma ajudinha masculina, claro.

E a jornada dupla de trabalho? Sim, imagina chegar em casa e ao invés de ir pra televisão tomr uma cervejinha, ir fazer as tarefas domésticas? Então meninos sejam legais e ajudem.

Agora vamos falar um pouco sobre as mulheres da sua vida, vamos começar pela sua avó, porque ela gerou sua mãe e sem sua mãe não estaria aqui lendo esse texto.
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Vicious: Velhice e humor negro são o tempero da comédia britânica

Caros amigos leitores, esta coluna será um pouco diferente do habitual do Rascunho com Café, falarei sobre séries.  No post de hoje apresento a vocês a série, ou melhor, minissérie britânica Vicious.

Vicious é uma sitcom de Gary Janetti (para quem não sabe ou não se recorda, as sitcoms são geralmente gravadas na presença de uma plateia em um set, pode ser ao vivo - ou não). Para lhes refrescar a memória vamos aos exemplos famosos: Two and a Half Man e The Big Bang Theory. Uma das características mais marcantes de uma sitcom são as risadinhas no fundo (que por sinal é um pouquinho irritante). Vicious tem essas risadinhas, mas calma aí.. 
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Morte



Nunca pensei que um dia eu fosse pensar assim, mas a morte foi um alívio.
Sim, um alívio, minha única alegria era sentar-me à beira do mar e observar as ondas no fim do dia. Não tinha mais vontade de fazer as coisas normais que qualquer pessoa fazia.
A morte pra mim foi um alívio, um renascer, sinto como se eu tivesse nascido apenas para encontrá-la no final.
Sempre tive medo da morte. Nunca falei ou comentei sobre a morte, tinha pavor de pronunciar e ouvir sobre ela. Nunca fui a enterro algum, mesmo das pessoas mais queridas na minha vida. Mas a morte nada mais é do que um reencontro, talvez um renascimento de você com você mesmo. Ela nos mostra o que fizemos na vida, mas também nos mostra o que deixamos de fazer, o que deixamos para trás.
A morte talvez seja um estado de espírito, muitos vivem a vida toda assim, como uma máquina, como se estivessem hipnotizados, e quando percebem é tarde demais... Eu passei a minha vida toda achando que ela poderia chegar antes do que um amor, um casamento, um filho... E ela veio quando eu menos esperava, mas de um jeito que, talvez, eu nunca tivesse escolhido. Observando o mar que tanto amei a vida toda, ela me levou. Sem delongas, sem comentários, sem sinal... Apenas eu e o mar.

Fui tomada por um alívio imenso dentro do corpo, uma rajada de sentimentos tranquilos e de paz povoava a minha mente. Sentia agora o verdadeiro significado do “corpo são, mente sã”, estava em paz comigo e com tudo o que me rodeava, estava feliz enfim. 
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Glass


Sinopse:

Virgínia olha para o passado, mas mal consegue se ver. Sua antiga eu é apenas um vulto atrás de uma cortina embaçada. Aquela mulher, que ela agora encarava aos olhos no fundo de um espelho sujo, já possuiu uma alma cristalina, calma, decente e amável, mas era difícil se lembrar dela.
Agora, aquela memória era feita em mil pedaços e em seu lugar se encontrava aquela criatura de personalidade incógnita.  Ao fazer um breve balanço das ações que a levaram àquele destino, só culpava a si mesma. A tentativa de ser uma cidadã integra fez com que sua vida se tornasse um verdadeiro caos. Foi ali onde seu cristal ganhou uma rachadura. Foi testemunhando um crime, que se viu transformar aos poucos em um monstro frio, invejoso e sedento de morte, exatamente igual ao primeiro monstro que a criou.
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Sem rumo


  O barulho dos carros me acorda. Percebo que acabei dormindo em uma parada de ônibus. Sento no duro banco e observo a correria do dia-a-dia enquanto tento me lembrar da noite passada. Zero. Nada. Tudo branco.
  Me ponho de pé e caminho sem rumo pela calçada. Minha cabeça dói. Vejo mães levando suas crianças para longe de mim, sussurrando coisas como "vamos sair de perto desse marginal". Mas eu não sou um marginal. Sou uma pessoa de bem, que paga imposto e trabalha duro para dar o melhor para a minha família.
  Minha família. Acabei de me lembrar. Minha esposa. Meu filho. Vou andando pelo caminho que eu conheço muito bem. Caminho de casa. A um quarteirão da minha casa, eu me lembro que minha amada esposa me expulsou. Por quê? Será que não tenho sido um bom marido? Não é possível.
  De longe vejo minha esposa sair para deixar nosso filho na escola. O que ela faria se me visse? Choraria e pediria para eu voltar? Me expulsaria de novo?
  Decido não arriscar. Resolvo pegar um outro caminho muito conhecido. Enquanto ando, observo a multidão apressada ao meu redor. O ritmo da vida.
  Finalmente chego no grande arranha-céu onde trabalho. Procuro meu crachá, que me dá acesso ao interior do prédio. Não acho.
  Então eu me lembro. Fui demitido. Talvez tenha sido por isso que fui expulso de casa.
 Olho para a esquina e vejo um bar. Talvez uma dose de algo forte me acorde desse pesadelo. Mas isso não acontece. Ainda estou no bar, desempregado e sem casa. Bebo mais um pouco. Se o álcool não vai me fazer acordar, então vai me fazer esquecer.
  O tempo passa e eu nem percebo. Acabo puxando briga com um desconhecido. Meu nariz sangra.
  O barulho dos carros me acorda. Percebo que acabei dormindo no banco da praça. Sento no duro banco. Minha cabeça dói. Tento me lembrar da noite passada. Zero. Nada. Tudo branco...
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