Você não vale nada, mas eu gosto de você...

Sem generalizar, mas é uma questão pertinente e que há muito me intriga: homens são todos iguais? Será mesmo que essa tão afirmada frase pelas mulheres faria algum sentido? Ouso em expressar duas respostas distintas: sim (realmente a proporção homem que presta x homem que não presta pende na balança para o segundo) e não, e, indo mais além, tiro conclusão de que é mais fácil dizer que mulher é tudo igual (mais uma vez repito: sem generalizar).

É engraçado como toda mulher sonha com seu par perfeito, talvez montado em um cavalo branco, empunhando uma espada e tentando resgatá-la da torre na qual se encontra presa. Mas será mesmo real assim? Talvez só como metáfora, pois realmente existem homens que amam, não traem e buscam incessantemente uma mulher só para si. São raros atualmente, mas existem. Existindo esses homens não tão iguais aos demais, por que a insistência de que são todos iguais? Enfim, porque "elas" assim os querem.

Ah, o homem romântico... Tão sonhado pelas mulheres e tão desprezados pelas mesmas... Quanto mais tenta-se entendê-las, mas não se sabe o que pensar. A consagração do termo "todos iguais" vem ao caso de sempre acabarem com um homem assim, e quanto aquele "especial" é visto só como aquele amigo de cabeceira. É quase como uma bolsa de valores: aqueles que oferecem bons lucros em um curto espaço de tempo são os mais "apostados" e os que oferecem ótimos lucros em um longo espaço de tempo são bem menos "apostados" pelo fator da demora. "Vem fácil, vai fácil", um velho ditado tão sábio e tão aplicável como nunca... Na maioria das vezes, o melhor 'homem' não é aquele que oferece prazeres momentâneos ou falam que darão o mundo e as estrelas somente da boca pra fora. Esse tipo de 'aposta' ilusiva normalmente faz a pessoa perder seu 'investimento'. Mas, aquele homem que não sai "pegando", mas "conquista" a mulher aos poucos, oferecendo sua amizade e romantismo, um rendimento a longo prazo com lucros mais 'concretos', apesar de ter as melhores vantagens, não oferecem o tão buscado 'prazer momentâneo' que os 'investimentos de curto prazo' oferecem.

Bônus crítico: Indo para um lado mais "pessoal", gostaria de tomar a liberdade de afirmar, através de metáforas para não soar tão rude, que a maioria das mulheres só decidem fazer um investimento 'longo' quando já está mais velha, aí boa parte das vezes o 'investimento' já não rende mais como deveria render. Essa maioria prefere gastar a juventude com 'investimentos' que deem 'lucro' instantâneo, mas ´quase sempre é só ilusão, e acabam levando um 'prejuízo' por conta disto. Não sabem analisar o melhor 'investimento' e preferem o 'prazer momentâneo'. Essas vivem reclamando desses 'homens iguais', sendo que elas mesmas acabam os fomentando. É concernente analisar com o combate ao tráfico, por exemplo. Sem mercado consumidor, o tráfico não rende. Só existem homens assim porque as mesmas mulheres que criticam e choram por sofrerem com eles, infelizmente buscam caras deste tipo.

Crônica escrita por Hermes Queiroz, autor parceiro do Rascunho com Café