(*texto da imagem: “Aqueles que sonham de dia tem consciência de muitas coisas que escapam
aos que sonham somente à noite”.)
Hoje eu senti vontade de falar sobre algo que está
me perturbando, mas de um jeito gostoso: Edgar Allan Poe! Calma, vou explicar,
não pensem besteiras.
Fã de Edgar Allan Poe eu sempre fui, mas devo
dizer que nos últimos meses, seis meses pra ser exata, eu me apaixonei por seu
mundo! Ando lendo de tudo sobre esse homem, que era um louco, mas são. Esse
escritor maluco, mas incrível.
Edgar morreu de uma forma que nunca se descobriu o
que o tirou dessa vida, ele foi um louco, mas ao mesmo tempo um gênio na sua
loucura. Foi encontrado morto com roupas que não eram suas, falando coisas sem
nexo, sentado num banco de praça. Sua genialidade morreu ali naquele banco.
Perdemos um homem que amava o sombrio, que tentou
ser famoso e só o conseguiu depois que morreu. Pobre Sr. Poe, sempre foi um
homem que deixava claro todas as suas ideias, sempre dizendo o que vinha em sua
mente.
Foi sempre um boêmio, aventureiro, um homem que
vivia conforme achava que era o certo. Amo seus poemas e suas histórias
malucas, às vezes sem pé e nem cabeça.
Edgar sempre foi um homem que tentou ser além de
sua época. Acho que ele queria poder viajar no tempo para poder conhecer outras
realidades, mas infelizmente sua era se foi e com ele suas ideias, sua
genialidade e sua persona não grata, mas que no fim acabou sendo amada.
Seus personagens oscilam entre a lucidez, a
loucura e normalidade, mas com destreza ele o faz! Acho que foi isso que me
levou a ler com tanta vontade seus poemas. Dois dos meus preferidos são Annabel
Lee de 1849 e The Raven de 1845.
Sua embriaguez, sua loucura insana e seu jeito
maluco de viver o levaram. Teve algumas mulheres, foram poucas na verdade,
casou-se com a prima que morreu de tuberculose, e isso o levou ao consumo
excessivo de álcool. Poe viajou pra esquecer a amada, mas acabou se
transformando mais ainda no que se tornou no fim de sua vida.
Ficou noivo, mas a noiva desistiu ao vê-lo sempre
bêbado e falando besteiras pelas ruas do Bronx. Logo depois voltou a sua cidade
natal onde se encontrou com uma paixão de infância, e retomou assim a vida, mas
mesmo assim ele nunca voltou a ser um escritor normal, se é que um dia ele foi
normal.
Poe viveu a vida como sempre achou que deveria ser,
nunca se preocupou se alguém falou mal de sua pessoa, nem ligava para o que as
pessoas falassem dele. Preocupava-se apenas se as pessoas leriam seus textos e
seus poemas.
Passou por muitas fases, tudo para que conseguisse
uma pessoa a mais para ler. Escreveu alguns textos no gênero do romantismo
negro, uma reação literária ao transcendentalismo; e com isso alimentou algumas
almas, mas esse não era Edgar Allan Poe; esse era um homem desesperado para que
alguém pudesse ler qualquer coisa que ele publicasse.
A vontade de Edgar era apenas que alguém
publicasse e quem lesse gostasse de seus poemas, de seus textos, de seus
personagens... Mas isso só aconteceu mesmo, depois que Edgar Allan Poe morreu.
“It’s
all over now: write Eddy is no more”
(“Está
tudo acabado: escrevam Eddy já não existe”)
Edgar
Allan Poe
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