A Lista de Brett: Simples e emocionante

Autor: Lori Nelson Spielman

Editora: Verus

Ano: 2014

Páginas: 364

Nota: 4/5

Sinopse: Brett Bohlinger parece ter tudo na vida — um ótimo emprego como executiva de publicidade, um namorado lindo e um loft moderno e espaçoso. Até que sua adorada mãe morre e deixa no testamento uma ordem: para receber sua parte na gorda herança, Brett precisa completar a lista de sonhos que escreveu quando era uma ingênua adolescente.
Deprimida e de luto, Brett não consegue entender a decisão de sua mãe — seus desejos adolescentes não têm nada a ver com suas ambições de agora, aos trinta e quatro anos. Alguns itens da lista exigiriam que ela reinventasse sua vida inteira. Outros parecem mesmo impossíveis.
Com relutância, Brett embarca numa jornada emocionante em busca de seus sonhos de adolescência. E vai descobrir que, às vezes, os melhores presentes da vida se encontram nos lugares mais inesperados.

Histórias com listas são comuns, já li livros e assisti filmes com coisas para se fazer antes de morrer, mas em “A lista de Brett” a autora conseguiu usar um tema um tanto quanto repetitivo e transformar num livro lindo e sensível.

No inicio, eu achei o livro muito parecido com as histórias de Sophie Kinsella, mas aqui não é um Chick Lit, é um drama que não trata apenas de relacionamentos românticos.

Brett é uma mulher muito ligada à mãe Elizabeth e permaneceu cuidando dela até seu último suspiro. Ainda de luto recebe a missão de realizar as metas planejadas quando ainda era adolescente a fim de receber sua herança. Algumas metas são simples e outras beirando o impossível de realizar no prazo de 1 ano: como ter um filho (quando o companheiro não deseja) e ter um bom relacionamento com pai (que já faleceu), por exemplo.

Essas exigências podem parecer injustas, afinal seus irmãos e cunhada receberam seu quinhão da herança sem ressalvas, mas Elizabeth, ainda viva, sabia que Brett não era feliz e realizada apesar de ter um bom emprego, casa e namorado.

A autora, Lori Nelson Spielman, usa essa premissa um tanto quanto clichê e nos deixa sempre com aquela sensação de que talvez Brett não consiga, não precise e que se não conseguir não fará diferença. Em alguns momentos o leitor imagina que a história tomará certo rumo, pois Lori tem o propósito de nos pregar várias “peças”. Essas duvidazinhas são o diferencial do livro.

Enfim, o leitor vai conhecer um comovente relacionamento entre mãe e filha, isso por que a mãe aparece durante todo livro através de cartas e em memória. Vale a pena a leitura é possível se emocionar, derramar algumas lágrimas e crer em finais felizes, ou seja, um livro simples ao mesmo tempo maravilhoso. Nota 4

Obs.: A editora Verus escolheu uma versão da capa com a ilustração de Sarah Gibb, a mesma ilustradora do livro “Como eu era antes de você” de Jojo Moyes. O trabalho de Sarah é lindo e pode ser conferido aqui: http://www.theartworksinc.com/portfolio/sarah-gibb/