Série Percy Jackson: Todos os chalés reunidos para a chegada de O Último Olimpiano

Autor: Rick Riordan                                        

Editora: Miramax Books

Editora no Brasil: Intrínseca

Ano: 2010

Páginas: 387

Os meios-sangues passaram todo o ano preparando-se para a batalha contra os Titãs, e sabem que as chances de vitória são pequenas. O exército de Cronos está mais poderoso que nunca, e cada novo Deus ou meio-sangue que se une à causa confere mais força ao vingativo titã. Enquanto os Olimpianos se ocupam de conter a fúria do monstro Tífon, Cronos avança em direção à cidade de Nova York, onde o Monte Olimpo está precariamente vigiado.

Finalmente chegamos à última aventura da jornada de Percy Jackson. Demorou. Principalmente para mim que ganhou o livro em 2011 e só fui ler três anos depois. Tem livros que para serem considerados bons, não basta uma boa história, eles têm que ser lidos no momento certo.

Ação do começo ao fim! 

Não, não é uma chamada para um filme do Steven Seagal. “O Último Olimpiano” é um típico livro final de uma série infanto-juvenil. Os personagens, assim como os leitores, estão mais velhos, conseguem lidar melhor com os problemas e perdas que são comuns a vida, e dessa vez o autor se aproveitou disso desde o primeiro capítulo, não deixando tempo a perder. 

O livro é centrado na última grande batalha dos semideuses, deuses e aliados do Acampamento Meio-Sangue contra Cronos e seus lacaios. Diferente dos anteriores, há inclusive um mapa ilustrado da chamada Batalha de Manhattan, para não deixar ninguém perdido. De fato, é uma guerra. Não é coisa de algumas horas, o tempo realmente passa, e passa sem dó. Feridos e mortos não são figurantes, assim como surpresas desagradáveis e agradáveis sobre personagens já conhecidos. 

Percy também está diferente. Não apenas mais forte, não apenas mais maduro, mas muito mais decidido. Com isso, ele cria seu próprio caminho para descobrir a verdade por trás da mudança do já conhecido vilão, Luke, e também para a obtenção do único poder que o permitiria vencê-lo. 

Como um bom último livro, a história resgata personagens de sua própria mitologia e da consagrada mitologia grega, que não haviam aparecido até agora. Talvez o melhor desses resgates seja Prometeu, o titã que levou o fogo para a humanidade. Riordan aproveitou esse personagem de forma inteligente, retomando a narrativa um dos meus maiores problemas com o modo do autor conduzir a história: a omissão de dados por boa parte dos personagens. Ele deu um bom motivo, mas errado. Continuo considerando uma das fraquezas da história, porque sendo este um dos grandes motivos de ataques aos deuses, não deveria ser tão levianamente praticado por qualquer um. 

Seu final é surpreendente ao mesmo tempo em que não é. Provavelmente para as crianças e adolescentes que cresceram com o Percy ou que ainda vão crescer, foi um choque especial baseado na tão falada Grande Profecia. Entretanto, para nós leitores veteranos, a insistência de Riordan no conteúdo dela e na importância de Percy para que ela se realizasse foi uma dica implícita ao que por fim acontece.

Minha nota para esse livro é 1000/10, para a série completa daria 8/10, pelo começo morno. Acredito que Percy Jackson & Os Olimpianos é uma daquelas histórias de superação dos livros, de como você começou desacreditado e realmente gostou no fim. É um grande exemplo para quem não está motivado a leitura, mas com fé, persiste. Mesmo que leve três anos para isso.