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Especial Dia Nacional do Livro: Vanessa Mesquita


Sou uma leitora há tanto tempo que não me lembro da minha vida sem livros. Comecei ouvindo a doce história de Pollyanna alternada com os gibis da Turma da Mônica, como eu acho que acontece com a maior parte das crianças que leem. Mas a verdade é que antes de desenvolver outros gostos, eu já estava imersa na leitura, através de séries de livros como O Pequeno Vampiro e logo depois Harry Potter, seguido da série que definiria meu estilo literário favorito (romances), O Diário da Princesa. Sempre fui uma menina de grandes séries, e estas me seguiriam boa parte da vida.

Desde criancinha também, tive contato com os animes exibidos da Rede Manchete, mais especificamente, Sailor Moon, e isso definiria outra parte importante dos meus interesses por um longo período: Os mangás. Passei anos os colecionando, embora hoje não faça mais parte da minha vida como antes. Tenho interesse em terminar os que já iniciei coleção, mas atualmente apenas acompanho o da Guerreira da Lua.

Não tenho muitos preconceitos com livros, ainda mais porque sei que meu próprio gênero favorito é um dos mais malvistos pela parcela cult dos grandes leitores, mas gosto de tudo um pouco contanto que considere que tenha qualidade. Meu próprio selo de aprovação é o meu maior critério na compra de um livro. 

Sou muito fangirl, gosto de tudo demasiadamente, por isso não me basta ter um livro de determinado autor. Se ele for bom, me tem e vou atrás de todos os livros que ele escrever. Assim, cresci entre as palavras de Meg Cabot, Bernard Cornwell, Jane Austen, até chegar a Douglas Adams, Eduardo Spohr e John Green. Você pode perceber uma grande diferença de uns para os outros entre meus autores favoritos, mas cada um mexeu comigo de determinada forma. E mais tarde, novos autores agregaram minha estante, como David Nicholls, Jojo Moyes, Rick Riordan, Markus Zusak, e tantos outros. Todos seguindo minha regra básica para compra de um livro, jamais lê-lo apenas uma vez.

Os livros e mangás que estão comigo. Maldição do Titã e o Guia emprestados.
Não é difícil chegar à conclusão que na minha estante não há literatura brasileira, com exceção do meu querido Eduardo Spohr (que eu sou super fã desde a época de Vince Glotto). Isso realmente me deixa dividida em dois tipos de sentimento: Me sinto envergonhada por não valorizar tanto a literatura nacional, mas não me importo tanto, porque como falei anteriormente eu não defendo uma bandeira. Eu leio livros que eu gosto, cuja história me interessou, cujo autor eu já tenha lido anteriormente, cuja escrita me emocionou. Dos clássicos, ainda não achei nenhum que mexesse comigo dessa forma insana e “life changing”, mas tenho admiração pelos autores atuais de fantasia no Brasil, que são os que conseguem atingir o nível de leitura que eu gosto.

Cada livro que eu li não foi apenas a bela história de seus protagonistas, eles realmente fazem parte da minha vida como meus grandes melhores amigos. Cada um me ensinou algo que eu levo para minha própria vida, e por isso não basta me render ao maravilhoso mundo dos ebooks, porque amigo a gente quer abraçar, tocar, cheirar, e sentir perto. E eu me rendo a todas as emoções que esses amigos que eu já tenho e que ainda estão chegando, podem me causar. Eu morro de rir seja na fila de um banco, enquanto leio para esperar. Eu choro, mesmo que esteja lendo escondido naquela aula chata. Fico indignada, contente, animada, nervosa, daí para todos os caminhos que as emoções podem me levar.

Meus livros e mangás que estão guardados com minha mãe.
Eu como uma aspirante a escritora, entendo as palavras da seguinte maneira: Quando um autor coloca uma história no papel, ele está um pouco se colocando ali, é um pedaço do que ele sente, do que ele acha legal. Nunca me esqueço da palestra que eu fui da Meg Cabot e ela explicou que a ideia de A Mediadora veio de quando ela perdeu o pai e o via em todos os lugares. A forma de escrever, ou assunto, enfim, tudo faz parte da pessoa que o escreveu de alguma forma, então para mim é como se o livro tivesse uma espécie de aura.

Ainda tenha muitas coleções para terminar, muitos autores para conhecer e muitas histórias para chorar (porque se for feliz ou triste, eu choro de qualquer forma), o mais importante é que os meus livros estão comigo e os que não estão comigo, estão bem guardados na casa da minha mãe! Hahaha! E se você leitor, consegue sentir essa magia que emana de cada livro (quem frequenta livrarias, sabe bem o que é isto), essa confissão não parecerá tão melosa quanto uma declaração de Romeu à sua Julieta. 

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