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O Teorema Katherine - a previsibilidade de terminantes e terminados


Autor: John Green
Editora: Dutton Juvenile
Editora no Brasil: Intrínseca
Ano: 2006
Páginas: 304

Sinopse: Quando se tratava de garotas (e, no caso de Colin, quase sempre se tratava), todo mundo tem seu tipo. O de Colin Singleton não é físico, mas linguítico: ele gosta de Katherines. E não de Katies, nem Kats, nem Kitties, nem Cathys, nem Rynns, nem Trinas, nem Kays, nem Kates, nem – Deus o livre – Chaterines. K-A-T-H-E-R-I-N-E. Já teve dezenove namoradas. Todas chamadas Katherine. E todas elas – cada uma, individualmente falando – terminaram com ele.


Quando eu achei esse livro perdido na prateleira de uma loja, a primeira coisa que eu vi nele foi “John Green¹”. Me perguntei o por que do “¹”, e foi exatamente isso que me fez ter a curiosidade de pegá-lo da prateleira e ler a sinopse. Quando o fiz, ainda continuei sem entender o tal do “¹”, então, comprei o livro (em “comprei o livro” subentende-se que eu implorei a minha mãe para que ela comprasse um dos 398749328645485848932646 livros que eu pedi naquele mesmo mês) e passei cinco, exatamente cinco meses lendo outras coisas, sem nem tocar nele (não tenho culpa se naquele mesmo mês eu pedi 398749328645485848932646 livros (não comprei nem a metade da metade) mas eu tinha uma fila e respeito a ordem da mesma).

Depois dos cinco meses, eu decidi tentar. Já tinha passado pelo livro do John que mais me emocionou até então (não pense você que eu estou falando de A culpa é das estrelas, porque não estou. Sim, o livro me emocionou, mas não tanto quanto Quem é você, Alasca? (principalmente porque tinha um personagem chamado Miles e ele era fissurado por últimas palavras, algo muito raro de se encontrar em um personagem)).

Colin Singleton é nada mais nada menos que um menino prodígio, que começou a trabalhar a mente de um modo acadêmico muito cedo, e que foi incentivado pelo pai a aprender mais e mais. O problema é que meninos prodígios atraem pesquisadores, e ele atraiu o pai da menina que dali a algum tempo seria a sua primeira Katherine. Depois dela, outras 18 vieram, e todos os relacionamentos com meninas do mesmo nome fracassaram, levando Colin a tentar uma solução para a previsibilidade de um relacionamento.

Confesso que do início até a metade do livro eu me senti um tanto quanto perdida, cheguei até a achar o livro um pouco entediante. Mas, a partir do momento em que o Colin percebe que existe um mundo lá fora além das Katherines, o enredo fica bem mais interessante. Por que eu recomendaria? Pelo simples fato de você ver a matemática com outros olhos (o livro contém alguns cálculos sim, desculpe).

Mas o que me chamou mais atenção na estória do dramático adolescente que não sabe contar histórias, foram as reflexões que existem ao longo da estória. Por mais que haja matemática envolvida, a linguagem está bem presente, em quase todos os seus aspectos, inclusive nos anagramas, que, confesso, foram as partes que mais gostei no livro.

Foi justamente o bicho papão das ciências exatas que fez com que o livro se tornasse tão original. Devo acrescentar também que Colin e seu amigo inseparável Hassan, estabelecem uma comunicação um tanto quanto peculiar, que deixa o leitor um pouco confuso, mas existe todo um contexto por trás dela que é descoberto no decorrer da estória. Se você está, assim como eu estava à alguns meses atrás, relutante em ler essa obra, pegue-a da prateleira e tente lê-la. Enfim, uma obra para se rir, chorar e refletir. Não seria John Green se não fosse.

"Eu serei esquecido, mas as histórias ficarão. Então, nós todos somos importantes - talvez menos que muito, mas sempre mais do que nada."
- John Green, O Teorema Katherine

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