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Gênios da Literatura Fantástica: “Ele é muito bom, esse tal de Rothfuss”




A fantasia é o um dos maiores - senão maior - ramos da literatura. Se aventurar na construção de um mundo fictício é algo extremamente complexo que não aceita meios termos: ou resulta em algo absurdamente magnífico ou em catástrofe. Muitos autores acabam sendo sufocados pelos fios soltos em suas histórias e mediante tantos detalhes perdem o resquício de ordem em meio ao caos. Já dizia o ditado: o diabo está nos detalhes! 


Acredito que a fantasia seja um rito de passagem. Por se tratar de algo mais fácil a ser digerido, é a porta de acesso para outros gêneros da literatura. Todo leitor possui suas raízes fincadas em histórias mirabolantes sobre lugares irreais que, inclusive, daria tudo para transformar em realidade. Isso se deve à ânsia absurda de ceder espaço para a imaginação, desafogar o livre-arbítrio da mente, e criar uma válvula de escape da tão insossa existência.

Se engana quem pensa que se trata somente de algo infantilizado, destinado somente para tal público, a ficção é uma urgência humana que encontra diversas vertentes e tem a capacidade de agradar qualquer faixa etária. 

Dito isto, gostaria de apresentar-lhes um autor que, infelizmente, ainda não ganhou tanto destaque no Brasil, um tal de Patrick Rothfuss.

“Devorei em um dia e já estou louco pelo próximo. Ele é muito bom, esse tal de Rothfuss.”
George R. R. Martin, autor de As Crônicas de Gelo e Fogo, sobre O Nome do vento, primeiro romance de Patrick Rothfuss. 

O Nome do Vento

A Crônica do Matador do Rei: Primeiro dia 

 

Editora: DAW Books
Editora no Brasil: Arqueiro 
Ano: 2011 
Páginas: 651 
Sinopse: Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado. Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

A Crônica do Matador do Rei é divida em três dias e, apesar de protestos dos fãs para separar o último romance em dois, três livros: O Nome do Vento, O Temor do Sábio e, o tão aguardado, The Doors of Stone (provavelmente, As Portas de Pedra na edição brasileira). 

Contando com uma das melhores tramas já vistas da literatura fantástica atual, Pat - como gosta de ser chamado o escritor norte-americano - nos introduz a um mundo onde conhecer a essência das coisas é quase vital para o jovem (anti)herói Kvothe.

A primeira coisa a ser analisada em uma obra de fantasia são seus pilares. Em quê essa teia vai se sustentar? Pois bem, o universo das trupes itinerantes, dos estudantes da universidade que aprendem a denominar, fundir e construir, das simpatias, dos Encantados e da nomeação das coisas não deixa a desejar nesse quesito.

Em uma taverna bem administrada, conhecemos o peculiar Kote. Nada além de um hospedeiro taciturno e exaurido das tramóias da vida, porém um cronista lhe pede algo: A chance de contar a história de Kvothe, o Sem-sangue; Kvothe, o Arcano, pela perspectiva da única pessoa que a conhece em sua totalidade: o próprio Matador do Rei. 

Contando a história desde seu berço, interrompida por alguns interlúdios do que está acontecendo em tempo real, na taverna, vamos nos acostumando rapidamente ao universo criado por Patrick que nos tortura com diversos fios soltos que só serão transformados em nós atados no último livro. 

Repleto de lendas, canções e personagens que mereciam seu próprio livro (estou falando de você, Mestre Elodin) A Crônica do Matador do Rei, sem dúvida alguma, merece sua atenção. 

“Não tenho tempo para embarcar em uma aventura com mais de 600 páginas.” 

Acredite, no momento que você começar a ler, a extensão do livro deixa de ser um problema e chegará até mesmo a desejar alguns capítulos a mais (e agradecer as 960 páginas de O Temor do Sábio).

“Lembre-se de que há três coisas que todo sábio teme: o mar na tormente, uma noite sem luar e a ira de um homem gentil.”
 O Temor do Sábio.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Boa Noite

    Você viu esta noticia sobre uma possível influencia do Tio Rothfuss em uma composição da Banda Finlandesa Nightwish.
    Se você curtir um rock um pouco mais direcionado ao metal feminino, acho que poderá curtir...
    A faixa se chama EDEMA RUH... muito boa

    Será um prazer receber sua visita!
    http://muitoalemdasaspas.blogspot.com.br/2015/03/nightwish-lanca-musica-que-pode-ter.html

    Bju

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