A Regras da Sedução (Os Rothwells #1): Um romance agridoce

Autor: Madeline Hunter
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Páginas: 272
Nota: 4/5

Sinopse: Lorde Hayden Rothwell chega à casa de Alexia Welbourne sem aviso e sem ser convidado – um homem poderoso e sedutor, movido por interesses obscuros. Sua visita anuncia a ruína financeira da família de Alexia e o fim das esperanças da jovem de um dia conseguir um bom casamento. Para se sustentar, a moça recebe a proposta de ser dama de companhia de Lady Henrietta Wallingford e preceptora de sua filha. O problema é que a oferta vem do sobrinho de Henrietta, ninguém menos que lorde Hayden. Morando na casa da tia de Rothwell, Alexia descobre que a proximidade com o homem que destruiu sua família pode ser perigosamente irresistível. Num gesto impensado, ela se entrega a ele, e ambos se veem obrigados a se casar. O que Alexia não sabe é que os atos aparentemente arrogantes de seu belo e sensual marido são motivados por uma dívida de honra que pode levá-lo a sacrificar tudo. Com tantas mágoas e segredos entre eles, o casal tem tudo para se manter afastado. Mas Hayden é um homem apaixonante e Alexia, a tentação que o faz perder a cabeça. Morando sob o mesmo teto, eles acabam se aproximando e, juntos, vão descobrir um jogo de sedução em que cada um faz as próprias regras.

Aqui estou eu depois de ler os dois últimos livros dos Rothwells resenhando o primeiro livro da série. Li tudo fora de ordem e não me arrependo. Nesse primeiro livro vemos como Hayden Rothwell, homem politizado e calculista, membro de uma das famílias mais nobres de Londres, conhece Alexia Welbourne, órfã deserdada que mora de favor na casa dos primos. (Gente me desculpem pela foto ruim de divulgação, minhas duas câmeras resolveram fazer um descarregamento sincronizado de bateria).

De todos os livros que li da série dos Rothwells, Alexia para mim foi uma das personagens mais determinadas (talvez isso mude quando eu ler o "Lições do Desejo", mas por enquanto este é meu balanço). Após a morte do pai, que não tinha nenhum filho homem para herdar suas terras, Alexia vê todas as posses do pai serem passadas para um primo distante que se recusa a acolhê-la. No olho da rua, Alexia conta com a bondade dos Longworth, outra família de primos que a recebe. Porém os Longworth estão falindo graças às falcatruas dos irmãos que comandam a família, os dois banqueiros Benjamin e Timothy Longworth.

Quando Hayden surge para anunciar a falência, tanto a família quanto Alexia são enganados por Timothy a acreditar que a culpa da falência é de Hayden, que se sensibiliza com a situação de Alexia (despejada pela segunda vez) e a oferece um emprego de preceptora de sua prima, Caroline.

Ele se despediu e recebeu um adeus frio da Srta. Welbourne em meio às despedidas efusivas de Henrietta. Ao deixar a casa, Henrietta estava seguindo a governanta para ver os outros cômodos e Caroline se esgueirava à procura da sala de música. O que significava que a Srta. Welbourne tinha sido a única a de fato vê-lo partir.

Eu já disse que eu amo esses Rothwell? Não? CARA COMO EU AMO ESSE IRMÃOS ROTHWELL. Quero um menàge com todos. Eu esperava que Hayden fosse o mais normal dos irmãos, mas assim como Easterbrook ele foi muito perturbado pelos problemas dos pais, que viviam em pé de guerra. Ele é um personagem muito centrado, responsável e pondera muito bem todos os fatos antes de tomar qualquer atitude, mas antes de adquirir essa postura ele foi um jovem perdido. Ao mesmo tempo, diferente de Easterbrook, ele não é alheio às outras pessoas, e de fato se desdobra para que as pessoas não se prejudiquem. Achei ele um personagem muito bem construído e muito carismático, já que enquanto ele se fazia de durão, sabíamos que em seu interior havia um homem sensível, apaixonado e muito ciumento.

Apesar disso tudo, achei Alexia um pouco fria e em muitos momentos me irritei com ela pelo fato de ela ainda nutrir sentimentos por um antigo amor, e transparecer demais esse antigo sentimento enquanto estava com Hayden. Talvez isso tenha dado um tchan a mais na relação dos dois, mas tornou meu envolvimento com a personagem difícil, achei ela meio chata e reclamona.

Ele imaginou a vida que teriam. Separados na maior parte do tempo, como na maioria dos casamentos que conhecia. Apaixonados em um primeiros momento, depois... Não conseguia se imaginar não a desejando. Isso era estranho só de pensar. De hábito, imaginava o fim antes mesmo de pensar no começo. Que diabos havia de errado com ele?

Para mim "As Regras da Sedução" está longe de ser o melhor livro da série, até agora meu favorito foi os Jogos do Prazer, tanto pelo equilíbrio emocional do drama da vida dos personagens, quanto pela riqueza de fatos. A Madeline Hunter ainda é uma das minhas autoras favoritas por conseguir incluir de uma forma inteligente situações políticas e fatos que entrelaçam bem a trama de cada livro com os demais da série, mas ainda acho que ela poderia ambientar melhor as cenas dos livros.

Gostei bastante desse livro, e apesar de não ter roubado o posto do meu favorito, ainda vale muito a pena a leitura, especialmente para que gosta de triângulos amorosos. A Editora Arqueiro lança agora em junho uma nova capa para "As Regras da Sedução" e para a sequência "Lições do Desejo". Confiram as novas capas: