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[MEGA RESENHA] Cidades de Papel


Aproveitando a estreia da adaptação cinematográfica do livro “Cidades de Papel”, de John Green, nós do Rascunho com Café preparamos um post super especial com as minhas opiniões (Lara) e com as opiniões da Jéssica Sousa sobre o livro e sobre o filme que foi lançado ainda ontem. Se prepare que temos uma mega resenha para que você conheça mais sobre as duas obras.

Sobre o Livro:

Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2014 
Páginas: 251
Sinopse: Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
Nossa opinião geral sobre o livro:

LARA:  Eu li o livro de Cidades de Papel há algum tempo, ainda no ano passado. As impressões que tenho desse livro é de que John Green quis pensar um pouco fora da caixinha, mesmo que só um pouco. Famoso por seus romances (Cidades de Papel é vendido como um), John Green tratou de outra temática neste livro: o autoconhecimento.

Quentin Jacobsen sofre de um caso sério de amor platônico, agravado pela amizade de infância que teve com Margo e pelos anos acumulados de idealização irreal. Pelo que entendi, ele ama Margo por dois motivos primários: 1) Ela é bonita; 2) Ela é misteriosa. E só. Ele não a conhece verdadeiramente e passa o livro inteiro perseguindo a ideia que possui dela em sua mente, apenas para se decepcionar com a realidade. 

Logo no início, Margo e Quentin encontram o corpo de um homem morto, que cometeu suicídio após o fim de seu casamento. De certa forma aquilo mexe com Margo e a faz questionar sobre o que buscamos para nossa vida. Ser feliz significa seguir a risca a ordem de se formar, ter um emprego legal, casamento e filhos? Ou pode ser mais do que isso? Em contraste a isso, Quentin é só um adolescente normal, nerd, que sonha com uma garota popular, mas não pensa em algo mais complexo do que isso.

No mais, achei o o livro meio raso. Apesar do tom leve e das piadas nerds típicas do autor que dão o charme ao livro, achei que os personagens, especialmente Margo, poderiam ter sido melhor aprofundados. Na minha opinião, o livro  não é ruim, mas anda longe de ser o melhor livro que já li.

JÉSSICA: Li Cidades de Papel semanas antes da estreia do filme, porém, já era para eu ter lido à muito tempo. John Green mostrou dois extremos de personalidade, aquele que é adepto da rotina e aquele que busca algo mais, que se questiona. Ele também mostra a idealização que vem de estórias bem antigas, até a atualidade, revestido pelo amor platônico. 

O que eu acho interessante nos livros do John, é que ele busca sempre traçar um paradigma com alguma obra literária, mesmo que ela seja feita apenas para complementar a estória do livro. Nesse caso, ele usou Walter Whitman, o pai do verso livre. Liberdade, pra mim, foi um dos pontos centrais do livro. Liberdade para se descobrir, se encontrar. 

Senti em alguns momentos que Margo ficou um pouco escondida sob as reflexões de Quentin. Gostaria de ter visto um pouco mais do lado dela em relação ao que ela desejava. Porém, fora isso, temos uma estória engraçada e que me prendeu em meio ao mistério que foi Margo.

Sobre o Filme:

Direção: Jake Schreier
Roteiro: Scott Neustadter, Michael H. Weber, John Green
Duração: 1h49min
Ano: 2015 
Gênero: Aventura, Romance, Drama
Classificação: 12 Anos
Sinopse: A história é centrada em Quentin Jacobsen (Nat Wolff) e sua enigmática vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne). Ele nutre uma paixão platônica por ela. E não pensa duas vezes quando a menina invade seu quarto propondo que ele participe de um engenhoso plano de vingança. Mas, depois da noite de aventura, Margo desaparece – não sem deixar pistas sobre o seu paradeiro.
Nossa opinião geral sobre o filme:

JÉSSICA: Criei muitas expectativas em relação a essa adaptação, mas ela deixou um pouco a desejar. Senti que muita coisa foi mudada. Porém, algumas cenas foram acrescentadas, e, para a minha surpresa, muitos desse elementos fizeram o filme dar certo em sentido de roteiro original. Cidades de Papel foi um filme que supreendeu em alguns quesitos, não caindo em uma certa mesmice de cada coisa em um dia, e sim, complementando cada pista em momentos rápidos.

A melhor cena desse filme não consta no livro, e tenho certeza que teve dedo do John Green nela. Foi uma jogada genial para algo que rondava em um suspense contínuo, uma quebra de tensão que deu muito certo. A cena arrancou muitas risadas minhas e da maioria do público (não direi qual cena foi para não estragar a surpresa dos que ainda não assistiram, mas, quando virem, saberão qual é).

Além disso, há uma surpresa nesse filme que eles souberam esconder muito bem. Fiquei pasma quando aconteceu, não estava esperando por isso de jeito nenhum. Em relação a elenco, foi uma ótima escolha, e dou aqui destaque a Cara Delevingne. Ela é a Margo, não consegui separar a atriz da personagem. 

O filme conta com uma trilha sonora leve e envolvente, capaz de nos transportar para a trama da estória. Sempre dou muita atenção a esse quesito, e de certa forma a trilha sonora tem um papel muito importante na conquista do público (percebi que muitas pessoas próximas a mim na sala do cinema estavam curtindo a maioria das músicas).

No geral, um filme bom. Não ganhou de A Culpa é Das Estrelas, mas senti que não comprei o meu ingresso em vão.

LARA: No geral, eu gostei muito da adaptação de Cidades de Papel para o cinema. Além de ter sido 95% fiel ao livro, também manteve o tom cômico e garantiu algumas surpresas (e que surpresas!). 

O que me incomodou de verdade nesse filme, foi a dublagem. Como nenhum dos cinemas da cidade onde moro trouxeram sessões legendadas, tive que ver o filme dublado, e quando digo que a dublagem é ruim, não é pelo fato de preferir um filme legendado (o que eu prefiro, aliás), mas sim, pelo fato de os dubladores não possuírem boa dicção, pronunciarem nomes errados e darem entonações muito infantis ou caricatas aos personagens. Juro pra vocês que teve uma hora em que ouvi chamarem a Margo Spiegelman de Espiga, juro, gente.

E você, o que achou de Cidades de Papel? Coloque sua opinião nos comentários, e, lembre-se: as vezes, é preciso perder para encontrar.

2 comentários:

  1. A dublagem me incomodou bastante também. Tive a oportunidade de assistir legendado, e ouvir "Margô" o filme inteiro doeu na alma.

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  2. Eu adorei ler essa historia, eu gostei quase tanto quanto A CULPA É DAS ESTRELAS. Me fez pensar em muitas coisas da vida e mudar minhas perspectivas de vida, tudo parece tão diferente depois de ler ele. É um livro que (particularmente) me apaixonei e recomendo a todos. Adorei seu blog, já deixei em meus favoritos.

    Meu blog: www.umcontainer.com

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