Direção:
Jason Reitman
Roteiro:
Jason Reitman, Sheldon Turner
Duração:
120min
Ano:
2009
Gênero:
Comédia, Drama
Nota:
4/5
Sinopse: Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Por estar acostumado com o desespero e a angústia alheios, ele mesmo se tornou uma pessoa fria. Além disto, Ryan adora seu trabalho. Ele sempre usa um terno e carrega uma maleta, viajando para diversos cantos do país. Até que seu chefe contrata a arrogante Natalie Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de videoconferência onde as pessoas poderão ser demitidas sem que seja necessário deixar o escritório. Este sistema, caso seja implementado, põe em risco o emprego de Ryan. Ele passa então a tentar convencê-la do erro que é sua implementação, viajando com Anna para mostrar a realidade de seu trabalho.
Assisti
esse filme sem saber nada sobre ele e, pelo título mal escolhido em português, pensei que se tratava de uma comédia romântica. Foi um
erro justificável e uma grata surpresa, embora tenho um pouco de
comédia e fale sobre relacionamentos pessoais, é um filme maduro e
muito mais interessante que qualquer comédia romântica que conheço.
Como
já comentei na introdução, é uma história sobre relacionamentos
e Ryan Bingham (George Clooney) é uma pessoa convicta sobre eles,
não precisa se relacionar pessoalmente com ninguém – se possível
nem com a própria família – e por isso é o homem perfeito para o
trabalho de demitir pessoas. É um trabalho sujo, mesmo que ele venda
a ideia de que pode ser uma oportunidade, e que o leva a viajar para
os diversos cantos do país, viagens que ele considera como um hobby,
quase uma paixão.
Ele
vive feliz, ou pelo menos bem adaptado, nessa vida sem ter nada que
se prender e ficando mais tempo em aviões e aeroportos que em sua
própria casa porém a situação começa a mudar quando entram duas
mulheres em sua vida: Natalie Keener (Anna Kendrick), que criou um
sistema de demissões em videoconferências que torna tudo mais
impessoal e frio ainda; e Alex (Vera Farmiga) que é quase
uma versão feminina dele, mesmo estilo de vida, mesma
filosofia e que também viaja o tempo inteiro. Tentando explicar a
importância e a realidade de seu trabalho para Natalie e procurando
conciliar a agenda para marcar encontros com Alex, com quem ele
começa a se envolver – ele vai refletir sobre sua vida e seus
objetivos, será que se tornará realmente feliz ao alcançá-los?
Nessas
reflexões ele pergunta a Alex (e talvez a si próprio) "nos
momentos mais importantes de sua vida, você está sozinha?"
Este e outros questionamentos mudam o seu paradigma sobre a
importância de se relacionar com outras pessoas, Ryan jamais será o
mesmo: não conseguirá mais viver da forma que sempre defendeu,
porém também não pode mais mudar de vida, depende das viagens para
manter seu emprego e não sabe viver de outra forma.
Em
tempos de relacionamentos à distância e solidão em espaços com
muitas pessoas, são discussões válidas e relevantes, mas não
pense que é um filme pesado ou chato por levantá-las. Apesar de
todo drama, é um filme divertido de assistir com muitas cenas
hilárias como o casamento da irmã de Ryan e da conversa entre ele e
o indeciso noivo dela, momentos antes da cerimônia.
Então,
se você procura um filme diferente que não tem a intenção de ser
um blockbuster, apenas de contar uma boa história, bem dirigido e
com atores talentosos, Amor sem Escalas
é uma boa sugestão. Vale a pena cada minuto de tela.
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