Aos oito anos de idade, quando dava meus
primeiros passos na leitura de quadrinhos, era um hábito juntar moedas para
comprar revistas da Turma da Mônica nas bancas de jornal. Os anos passaram e me
tornei um leitor assíduo de HQs, buscando sempre novos títulos e gêneros. Mas,
a convicção de que naquele primeiro contato com os gibis as histórias da Turma da Mônica
foram fundamentais na formação desse gosto nunca me escapou da memória. A icônica
assinatura de Mauricio de Sousa, criador daquele universo, sempre me exerceu fascínio.
Em um domingo qualquer eu tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente.
À uma hora do início eu estava na fila com
minha namorada, cada um de nós devidamente munidos de uma edição das graphic
novels comemorativas de 50 anos da Turma. Eu com Mônica: Laços, e ela com Bidu:
Caminhos. Uma fila enorme se formou, eu e ela por sorte estávamos entre os
primeiros, o que nos garantiu que pegássemos um excelente lugar.
Daquela poltrona bem centralizada eu veria então um
lendário quadrinista brasileiro à minha frente, que para efeito de comparação
seria como se um leitor de quadrinhos americano encontrasse o Stan Lee de pertinho. Por sinal,
não é a toa que refletores jogam luzes sobre celebridades em seu momento de
palco, é como se aquele manto de brilho que veste o espectro humano de grandes
artistas tornasse divino o ato de ser uma estrela. Apesar disso, Mauricio não
esbanjou em nenhum momento o estrelismo que lhe foi alçado. Aquele senhor era,
na verdade, honestamente humilde.
Como um bom contador
de histórias, Mauricio dispensou a cartilha do cerimonial, foi para perto do
público, interagiu com crianças, provocou risos e surpresas. O anúncio de que a
Mauricio de Sousa Produções estava trabalhando na criação da Turma da Mônica
Adulta só não foi tão sensacional quanto a promessa de que em breve os seus
personagens poderiam visitar o Tocantins em uma edição especial.
Ao perguntar a uma
criança o que ela queria que ele colocasse em uma edição da revista, o
quadrinista ouviu um sonoro “autógrafo”. O momento arrancou risadas, mas em uma análise
fria refletiu o que boa parte do público esperava de verdade ali. O que é um
tanto lamentável, mas compreensível, afinal Mauricio de Sousa é dono da assinatura mais famosa deste país. Até mesmo eu, e com razão e merecimento,
estava lá com meu quadrinho para ser autografado. Não consegui, pois as senhas
para a sessão de autógrafos acabaram antes mesmo de a palestra começar. Uma
pena, mas nada que prejudicou a experiência de prestigiar um brasileiro exemplar.
Olá Wanderson Sousa,
ResponderExcluirLemos seu texto e gostamos. Nos passe seu endereço para o Mauricio enviar uma revista assinada por ele.
Abraços
JAL
assessoria de imprensa
Oi Wanderson, incrivel essa sensação de está perto de quem admiramos não é mesmo?! Ainda mais quando é um brasileiro cheio de talento como o Mauricio de Souza. ^^
ResponderExcluirhttp://joandersonoliveira.blogspot.com.br/