Antes de dormir: Um livro para ser devorado

Autor: S. J. Watson

Editora: Record

Ano: 2012

Páginas: 400

Nota: 5/5

Todas as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme. Seu marido, Ben, é um estranho. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que tornou Christine uma amnésica. Encorajada por um médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias mas acaba descobrindo que a única pessoa em quem confia talvez esteja contando apenas parte da história.

Não sei porque não ainda não havia lido este livro? Antes de Dormir estava na minha fila de leitura por mais de um ano e, por mais que ouvisse críticas positivas, eu protelava a leitura. Infelizmente.

Posso dizer que o autor S. J. Watson estreou com o pé direito. Ele nos levou a um arrebatador mistério. Logo de inicio, o leitor acompanha um dos primeiros dias de Christine, no plural, afinal ela sofre de amnésia e sua memória dura apenas 24 horas, antes disso ela só se recorda 20 anos atrás.  

Portanto seus dias são iguais e completamente novos para ela, dependendo exclusivamente de informações recebidas por outros, como o seu marido e o médico que fica sabendo do seu caso e tenta ajudá-la, através desse médico que ela toma conhecimento de uma pequena mentira do seu marido, será apenas para poupá-la ou ele esconde algo mais sombrio?

Isso tudo a deixa em uma situação delicada, sem saber em quem pode confiar, até que ela começa a escrever um diário que servirá como memória, de modo que ela não dependa exclusivamente das informações recebidas por terceiros.

Como temos acesso somente ao ponto de vista de Christine, assim como a protagonista, vemos sua vida como um quebra-cabeça que precisa ser montado, peça por peça, para que junto com ela possamos entender: o quê, porque e quem causou seu transtorno. A boa notícia é que, por mais inverossímil que seja, temos no fim uma resposta plausível e, portanto, coerente.

Um livro para ser digerido em segundos, rápido e fácil de ler, a linguagem não é rebuscada e a tensão constante prendem o leitor. Entretenimento garantido.

Nota:5/5

PS1) Por favor não assistam a versão cinematográfica, é péssima. Tenho pena que quem assistiu o filme antes de ler o livro

PS2) O autor se inspirou em dois casos: Henry Molaison e Clive Wearing e ambos os casos a memória acumulado não passa de minutos. Como pode ser visto no documentário abaixo: