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A Estrada da Noite: O filho de Stephen King herdou os genes literários do pai?



Autor: Joe Hill
Editora: Sextante
Ano: 2010
Páginas: 320
Nota: 3,9/5


Sinopse: A estrela de rock de meia-idade Judas Coyne coleciona objetos antigos mórbidos. Assim, ele não pensa duas vezes antes de comprar um paletó assombrado pelo fantasma do dono morto, publicado em um site de leilão online. Só depois que chega, Jude descobre que o paletó pertenceu a Craddock McDermott, o padrasto de uma das fãs descartadas por Coyne, e que o fantasma do velho homem é um espírito maligno determinado a matar Judas por vingança pelo suicídio de sua enteada. Judas e sua namorada caem na estrada numa tentativa de fugir do fantasma e encontrar um jeito de detê-lo.
Joe Hill é ousado. Logo no seu livro de estreia, o filho do renomado Stephen King resolveu apostar no gênero do terror (especialidade de seu pai) e acabou surpreendendo positivamente e negativamente também. A Estrada da Noite divide opiniões dos fãs mais antigos do pai ou dos novos amantes do terror.
Com um início ágil e envolvente, conhecemos Jude Coyne, um rockstar com seus mais de cinquenta anos e colecionador de antiguidades bizarras, como crânios do século passado. Ao ver o anúncio de um paletó assombrado na internet, ele logo se anima e, claro, decide comprar.

                                   "Compre o fantasma do meu padrasto" 

Acontecimentos estranhos e sem explicação começam a acontecer na casa do ex-cantor após a chegada do objeto do defunto e Jude mal imagina que Craddock (antigo dono do paletó) quer matá-lo. Assim que descobrem que o fantasma realmente existe, Jude e sua namorada Geórgia tomam a estrada e a partir daí as coisas começam a ficar sérias.

Li esse livro há algum tempo e tentei reler novamente para escrever a resenha, logo tive contato com o mesmo em dois momentos diferentes e  ainda continuo com as mesmas impressões. A Estrada da Noite mostra o potencial de Joe Hill, ainda que de forma muitíssimo moderada. Há talento, mas isso não foi bem aproveitado, principalmente da metade para o final. O começo, como citei anteriormente, é muito bom.

Joe desenvolveu uma trama com mais suspense do que terror, então não vá com tanta sede ao pote ou achando que não irá dormir à noite de tanto medo. É quase um terror psicológico, brincando com a mente do protagonista Jude. Talvez o leitor até pense em alguns momentos se aquilo é pura invenção ou apenas loucura da cabeça das pessoas envolvidas.
Olhou para trás. Craddock estava vindo. A corrente de ouro caía de sua mão direita. A lâmina na ponta da corrente começou a balançar, um talho prateado, uma listra de brilho rasgando a noite.
A escrita do autor é bem direta, um pouco monótona no começo, mas ganha forma durante a leitura e acaba nos trazendo para dentro dos cenários e da história em si. Imagino que funcionaria bem como um filme. 

O final não é muito mirabolante ou muito surpreendente, mas Joe Hill termina o livro de forma satisfatória. Enfim, siga seu instinto, leia e tire suas próprias conclusões.

8 comentários:

  1. Oi Gabriela, tudo bem?

    Eu tenho esse livro já um tempinho e não li porque fui dando prioridade para outros livros. Como gostei da sua resenha eu vou colocá-lo na meta de leitura de outubro.

    Bjos

    http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/

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    1. Oi! Tudo bem e contigo?
      Eba, que bom que a resenha despertou sua vontade hahaha
      Beijos

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  2. Oi
    Ainda não li livro dele e nem do pai dele, mais tenho curiosidade em ler,
    quem sabe em outros livros o potencial dele foi mais aproveitado, pelo menos gostou da leitura.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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    1. Denise, algumas pessoas afirmam que os livros do Joe Hill melhoram consideravelmente. Como esse é o primeiro ainda há uma certa imaturidade, mas a leitura vale a pena.
      Abraços.

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  3. Oi, Gabriela! Tudo beleza?

    Não conhecia este livro, mas se tratando de Joe Hill, uau!, o livro deve ser cabuloso.
    Embora tenha lido algumas obras de Stephen King, não sou apaixonado pelo gênero, por isso, não sei se leria este livro.

    Beijos!
    http://www.irmaoslivreiros.com/

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    1. Olá! É cabuloso mesmo, ele tem talento hahaha Quem sabe não se interessa mais pelo livro ou pelo gênero no futuro?
      Abraços.

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  4. A Estrada da Noite, de fato não é um livro dos melhores do gênero, mas é bem escrito. Lendo O Pacto, nós podemos observar o amadurecimento de Joe Hill. Boa resenha!

    Beijos
    www.serleitora.com.br

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    1. Olá Érica, obrigada pelo comentário. Ainda não li o Pacto, mas soube desse amadurecimento dele nos livros seguintes. Pretendo ler outras obras do Joe no futuro para observar isso mais de perto hahaha Valeu!
      Beijos

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