Existe um grande número de pessoas que prefere fugir de todo e qualquer livro adorado pela mídia. Nunca entendi muito esse preconceito com autores/livros considerados best-sellers, principalmente as justificativas dadas pelos que os criticam. O que mais ouço em relação a isso é que, geralmente, estas histórias de grande renome não são boas, não nos acrescentam nada e o que realmente deve ser lido é a literatura clássica, “erudita”. Considero tal afirmação um equívoco, aliás, se tais livros chegaram ao patamar de best-sellers, significa que têm uma certa qualidade, e que os escritores desta categoria possuem o dom de cativar cada vez mais e mais leitores. Dan Brown, claro, não fica atrás.
Com um caráter de escritor único, Brown permite que viajemos para cenários famosos, além de fazer com que vivamos aventuras de tirar o fôlego. Sua escrita é cativante e desafiadora, e faz com que o leitor vire as páginas de seus livros ferozmente, procurando por mais, querendo mais.
Todos os temas abordados nos romances, sem exceções, do autor norte-americano são erguidos sobre os pilares de assuntos polêmicos e renderam as adaptações cinematográficas de Anjos e Demônios (2009) e O Código da Vinci (2006) além de documentários como, por exemplo, Verdades e Mistérios do Código da Vinci.
O grande fato é que sabemos que as editoras procuram, através de experiências anteriores, por algo que dê certo e, obviamente, que venda. Essa é a maior razão para encontrarmos, atualmente, tantas histórias com um gosto que nos é familiar, aquele clássico dito de não mexer no time que está ganhando e, talvez, seja aí o princípio da construção do preconceito em relação aos best-sellers. Percebemos a ânsia contemporânea de agradar o paladar do leitor, ao invés de instigá-lo. Em contrapartida, Dan Brown pode ser considerado a exceção da regra. Ao transformar em prosa os, para muitos, enfadonhos mistérios da história, desenvolve livros repletos das mais diversas informações capazes de levar o leitor a se perguntar como nunca soube daquilo antes. Sem contar com a pitada de ficção que deixa tudo muito mais fácil e prazeroso de ser ingerido.
Fortaleza Digital (o primeiro livro do autor) e Ponto de Impacto são os únicos que não contam com os relatos das aventuras do simbologista Robert Langdon, porém carregam todos os aspectos da extraordinária arte de contar histórias de Dan Brown, que é também notada no seu mais novo livro publicado.
Editora: Doubleday
Editora no Brasil: Arqueiro
Ano: 2013
Páginas: 443
Sinopse: “Neste novo e fascinante thriller Dan Brown retoma a mistura magistral de história, arte, códigos e símbolos que o consagrou em O código Da Vinci, Anjos e demônios e O símbolo perdido e faz de Inferno sua aposta mais alta até o momento.No coração da Itália, Robert Langdon, o professor de Simbologia de Harvard, é arrastado para um mundo angustiante centrado em uma das obras literárias mais duradouras e misteriosas da história: O Inferno, de Dante Alighieri.Numa corrida contra o tempo, Langdon luta contra um adversário assustador e enfrenta um enigma engenhoso que o arrasta para uma clássica paisagem de arte, passagens secretas e ciência futurística. Tendo como pano de fundo o sombrio poema de Dante, Langdon mergulha numa caçada frenética para encontrar respostas e decidir em quem confiar, antes que o mundo que conhecemos seja destruído.”Mais uma vez, Dan Brown nos presenteia com toda a sua genialidade, desta vez apresentada no romance ‘Inferno'."
Não acrescentarei informações redundantes sobre como Inferno possui uma leitura hipnotizante, pois já conhecemos todas as mágicas que seu autor está apto a realizar. Direi somente que, a todos os que olham de soslaio e com um desprezo disfarçado para os best-seller, Dan Brown merece o título que tem e isso é visível a qualquer um que se atreva a embarcar em suas jornadas.
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