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Ares do Interior

Esse fim de semana resolvi fazer algo diferente, algo que eu não fazia há muito tempo: andar pelo centro da cidade. Não que o centro aqui seja enorme, ou algo comparado a São Paulo, mas cidade do interior também tem suas vantagens.
Na minha cidade, que não é grande, mas também não pode ser menosprezada, temos várias praças e eu resolvi fazer uma pequena excursão por duas delas: a famosa Praça da Matriz e a do Carmo.
Duas belíssimas praças com muitas árvores, coretos, lojas e muita diversão para adultos e crianças.
Caminhando pela Praça da Matriz, logo no seu finzinho, vejo um casalzinho de idosos sentados num banco da praça conversando, ele pegando na mão dela discretamente... “Ah o interior”, penso ao notar o gesto de amor. Ela retribui com um sorriso singelo.
Continuo minha caminhada e vejo alguns adolescentes com seus skates batendo papo em outro canto da praça. Alguns jogando bafo, “nossa, ah quanto tempo não vejo alguém jogando bafo, ou bolinha de gude...”, penso indo agora em direção ao cento da pracinha. Vejo uma pequena, mas organizada ‘muvuca’, resolvo entrar no meio e fico estarrecida ao perceber que era uma orquestra sinfônica que estava se estabelecendo na praça para tocar!

Converso com algumas pessoas e sua grande maioria é turista. E eles aparecem todos os fins de semana! Vejo os músicos conversando, alguns afiando seus instrumentos musicais e fico ali, toda ouvidos, prestando atenção no som que eles fazem!
Alguns minutos depois, ouço o tilintar do sino da Igreja Matriz, e ele bate exatamente às quatro horas da tarde. Vou até a porta da igreja e ela começa a se encher, vinham pessoas de todos os cantos assistirem a missa ‘extra’ que  padre disse que teria. Observei cada detalhe da igreja, do padre entrando e toda a igreja em pé para rezar; confesso que senti meu coração pulsar mais rápido, de felicidade, me senti em casa, acho eu.
Deixo para trás a Igreja e a Praça da Matriz, caminho pelas ruas estreitas do centro velho, como eles chamam aqui, e chego à outra pracinha, a do Carmo, possui esse nome também por causa de uma igreja, a Igreja do Carmo.
Essa praça é diferente, tem muitos bares, lojas, sorveteria e uma feira de artesanato ao longo de toda sua extensão. Ouço muitas conversas paralelas, risadas de criança, cachorro latindo, e cada um tentando vender seu produto.
É, nada como se morar numa cidade tipicamente do interior! Ela é grandiosa em sua infraestrutura, mas pequena nos detalhes, o que faz seu charme... minha cidade é o interior paulista, é a gente falando com as mãos, as casas de taipa, o chão de paralelepípedo, as ruas estreitas, e o vocabulário mais famoso: porrrta, carrrne e tantos anos palavreados.

Minha cidade? Ah, minha cidade é conhecida como a cidade onde tudo é grande; até numa famosa praça da TV ela apareceu... Sejam todos bem-vindos a minha amada Itu! Pequena no tamanho, mas grande de coração!

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