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O Nome da Rosa – O Lado Sombrio da Igreja


Título Original: Le Nom de la Rose
Direção: Jean-Jacques Annaud
Roteiro:  Jean-Jacques Annaud e Howard Franklin
Duração: 2h11min
Ano: 1986
Gênero: Aventura, Drama, Suspense
Nota: 5/5

Sinopse: Em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Como não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.
Em nome da fé, muitas coisas tenebrosas já foram (e ainda são) feitas. Geralmente, as pessoas que fazem o mal em nome de Deus, são as mais temíveis, porque não há possibilidade de persuadi-las, tudo em nome do Senhor é válido. Esse filme dá uma boa amostra disso.

Há um ditado que diz "em terra de cego, quem tem um olho é rei”. O Nome da Rosa mostra que não é bem assim, quem pensa diferente e vê além geralmente é desprezado, quando não temido, por aqueles que só enxergam o senso comum, é o caso de William de Baskerville (Sean Connery), que é um homem de visão em um mundo de cegos pela fé.

Quando as pessoas começam a morrer no mosteiro onde ele está, os religiosos e até mesmo o Grão-Inquisidor já sabem quem é o culpado, o demônio! E só falta saber quem invocou-o em um lugar tão Sagrado como um mosteiro, a solução é fácil, acusar alguém de bruxaria e torturá-lo até que confesse. 

O famoso detetive britânico Sherlock Holmes usava a dedução para desvendar seus crimes, segundo ele “uma vez eliminado o impossível, o que restar, não importa o quão improvável, deve ser a verdade”. O trabalho de Frei William é mais difícil, antes de descartar algo ele precisa definir o que é impossível e o que não é, utilizando a filosofia platônica e o método científico, ele afirma "A única prova que vejo do demônio é o desejo de todos de vê-lo atuar!"

Só que, para eliminar de vez essa possibilidade, ele precisa descobrir o que de fato está acontecendo e porque. É um filme completo: com ação, investigação, drama e suspense na medida certa e ainda com conteúdo histórico impecável que mostra bem o pensamento (ou falta dele) de uma época que chegou a ser conhecida como Idade das Trevas. Segundo a Igreja do período, tudo era pecado: ler livros considerados profanos, rir e, principalmente, pensar; afinal "A dúvida é inimiga da fé!", dizia o Inquisidor Bernardo Gui.

O final é bem coerente com os acontecimentos, e finalmente o título é revelado, e por mais que a Igreja mantenha o povo inculto e dócil, é possível notar uma certa esperança apesar de que não seja considerado o típico final feliz hollywoodiano – fato que eu agradeço, obras que fogem do lugar comum são sempre melhores que aquelas que seguem a cartilha tradicional do filme comercial.

2 comentários:

  1. Oi
    Eu já assisti esse filme duas vezes nas aulas de história da escola, ele é um filme muito bom mesmo.
    Lendo a reviw veio até algumas cenas na minha cabeça, a professora passava muito esse e o filme da Joana d'Arc

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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  2. Nunca vi esse filme, mas ele parece ter tudo para me fisgar, não consigo resistir a filmes, séries ou livros do tipo.
    Apesar de ter interesse nele, pretendo ler o livro antes, pois está faz algum tempo na minha lista.
    Abraços

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