Autor: Ayn Rand
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Páginas: 1232 (volume
único)
Nota: 5/5A Revolta de Atlas uma série formada por três volumes, da autora e filósofa Ayn Rand, é considerado um dos livros mais influentes nos EUA após a Bíblia. Ayn, que fugiu da Rússia para os EUA quando as farmácias de seus pais foram estatizadas pelo governo, sofreu na pele todo drama da distopia criada e potencializada em sua obra.Sinopse: Na mitologia grega, o titã Atlas recebe de Zeus o castigo eterno de carregar nos ombros o peso dos céus. Neste romance de Ayn Rand, os pensadores, os inovadores e os indivíduos criativos suportam o peso de um mundo decadente enquanto são explorados por parasitas que não reconhecem o valor do trabalho e da produtividade e que se valem da corrupção, da mediocridade e da burocracia para impedir o progresso individual e da sociedade. Mas até quando eles vão aguentar?
O romance, publicado em 1957, se passa em futuro
decadente (a adaptação cinematográfica fala do ano de 2016): o mundo está
passando por uma fase em que vários países se tornaram repúblicas populares
(interessantíssimo mencionarem a República Popular da França). A produtividade
e procura por inovações não são mais prioridades das empresas e dos países,
comandadas por “saqueadores”, termo que Ayn usa durante todo o livro e que os
personagens principais lutam para vencer.
Quando as mentes criativas e produtivas começam a desaparecer, deixando o mundo apenas para os “saqueadores”, é que o verdadeiro sentido do título começa a se esclarecer. Daí em diante, por meio de discussões filosóficas e teorias objetivistas, podemos acompanhar toda a luta para que: os “parasitas saqueadores” se mantenham no poder; as poucas mentes criativas consigam produzir, apesar dos empecilhos impostos pelos “parasitas”; e que os “Atlas”, alcancem aquilo que era seu intento ao se livrar da sobrecarga dos improdutivos: “Parar o motor do mundo” e retomá-lo sem obstáculos ao progresso.
Quando as mentes criativas e produtivas começam a desaparecer, deixando o mundo apenas para os “saqueadores”, é que o verdadeiro sentido do título começa a se esclarecer. Daí em diante, por meio de discussões filosóficas e teorias objetivistas, podemos acompanhar toda a luta para que: os “parasitas saqueadores” se mantenham no poder; as poucas mentes criativas consigam produzir, apesar dos empecilhos impostos pelos “parasitas”; e que os “Atlas”, alcancem aquilo que era seu intento ao se livrar da sobrecarga dos improdutivos: “Parar o motor do mundo” e retomá-lo sem obstáculos ao progresso.
Quem é John Galt? Esse era o título inicial da triologia, é uma expressão que permeia todo o livro, pontuando o final de frases, meio que dizendo de modo derrotista “O que se pode fazer?”. É na verdade uma frase que Dagny, uma das personagens que resiste a se juntar aos “Atlas”, odeia e luta o tempo todo para derrotar.
É interessante
verificar as previsões da autora sobre o futuro, ela pensa numa liga metálica
mais resistente e leve que o ferro, em um motor que praticamente não usa
energia e portas que se abrem pela entonação da voz, mas não estão ali elementos
do nosso cotidiano como a internet e o celular.
Apesar dos longos
discursos (um deles teria aproximadamente 53 páginas na minha versão ebook
kindle), A Revolta de Atlas é uma
saga maravilhosa. E sinceramente, junto com a Revolução dos Bichos de George Orwell, deve ser lido por todos como
aprendizado e precaução e, principalmente, como uma aula de ética. Fazendo-nos refletir toda a relação de
trabalho e lucro que é o pilar do capitalismo.
Então, quem gosta de
livros com conteúdo, que possa trazer mensagem além do entretenimento, essa é
uma boa dica, que vale nota 5 de 5.
... mais de um ano apos a postagem ...
ResponderExcluirSó vim agradecer, realmente, excepcional Leitura ...
Estou lendo-o no momento (finalizando a primeira parte) e confirmo o que foi dito nesta resenha. Os livros (são 3) valem cada letra impressa e cada minuto gasto em lê-los
ResponderExcluirComprei meu box e lerei nas férias de verão, não vejo a hora!!!
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