Autor: R.J Palacio
Editora: Knopf
Editora no Brasil: Intrínseca
Ano: 2012
Páginas: 320
Sinopse: August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... Até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.
“Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo."
Sabe aquele tipo de livro que, ao concluí-lo, faz com que você sinta o impulso de mudar algo, ser diferente de alguma e qualquer forma? Ser melhor? Ser mais que o necessário? A história de um garoto de 10 anos viciado em Star Wars que vai à escola pela primeira vez faz parte dessa categoria de livros.
“Aliás, meu nome é August. Não vou descrever minha aparência. Não importa o que você esteja pensando, porque provavelmente é pior.”
August Pullman passou boa parte de sua vida em hospitais, tentando amenizar seu bilhete premiado da loteria genética e sempre teve aulas ministradas pela sua mãe em casa, entretanto depois de algumas discussões os pais e o menino decidem que está na hora de encarar o fato de que, seja como for, Auggie não viveria em uma bolha de superproteção para sempre. Enfrentando a inocente e brutal crueldade infantil, o garoto faz colegas, inimigos, ex-colegas; transforma os inimigos e ex-colegas em amigos e sobrevive à escola. Tudo que um garoto normal faria e, ao contrário das outras pessoas, era assim que August via a si próprio: só um garoto normal.
Apesar
de ser o elemento principal da história, o menino com a aparência extraordinária
não é o único a ter seu ponto de vista explorado. Toda história possui mais de
um lado e R.J Palacio nos mostra as muitas faces de uma situação delicada e uma
delas é a de Olivia Pullman, irmã mais velha de August. Sempre tendo que estar
um passo à frente das outras crianças, amadureceu rápido e, muitas vezes, sem o
auxílio da mãe – que estava muito ocupada atendendo às necessidades do filho – amava o irmão e compreendia a situação, mas há algo de
solitário e estressante em lidar com a pressão de entrar para o Ensino Médio,
dizer adeus às antigas amizades e não poder contar sempre com os pais. E,
através dos outros pontos de vista, descobrimos como as pessoas de fora
enxergavam e reagiam àquele menino tão diferente, como sua família, depois do
passar dos anos, o via e como ele realmente era.
Possuindo
aquele tipo de leitura simples, de fluxo rápido, O Extraordinário é um dos livros que consegue se encaixar até mesmo
- e principalmente – no corre-corre do cotidiano, porque nos puxa um pouco para
fora da realidade e nos faz pensar se estamos realmente sendo mais gentis que o
necessário e como nós podemos ser tão melhores do somos.
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