Semana passada eu dei início a uma série de posts
a respeito de Histórias em Quadrinhos para aqueles que não conhecem muito a
respeito, mas morrem de vontade de conhecer esse universo.
Para começar, eu falei a respeito das HQ’s
literárias, em especial Persépolis, que
são uma boa pedida para quem ainda não quer desapegar do formato do livro e ir
tomando confiança aos poucos nas histórias desenhadas. Dessa vez falarei
daqueles que consolidaram de vez os quadrinhos no mercado: Os Super Heróis.
Não tem jeito, você com certeza em algum momento
na vida já ouviu falar de nomes como Batman, Superman, Mulher Maravilha ou
Wolverine. Os super são hoje a maior identidade
desse tipo de publicação, tendo surgido pela primeira vez por volta de 1900,
nas revistas em estilo pulp fiction
(revistas de histórias fictícias e fantasias, geralmente consideradas de baixa
qualidade), com o personagem Pipinela Escarlate. Mas isso foi só o começo.
Em 1938, a primeira HQ do Superman, Superman
Action Comics #1, veio às bancas, levando o conceito de Super Herói a um nível
estratosférico, e nem adianta negar, já que, bom... já se passaram 76 anos e o
personagem ainda é sucesso de vendas.
Minha primeira HQ de Herói foi uma edição
especial, no estilo spin off, que contava separadamente a história do Dr.
Manhattan, de Watchmen, intitulada “Antes de Watchmen – Dr. Manhattan”, mas
como essa também foi um presente, resolvi falar mais especificamente da
primeira HQ que comprei sozinha.
Eu aproveitei que havia ido à banca para comprar
jornais (é gente, eu compro jornal todo dia) e resolvi dar uma olhada na sessão
de quadrinhos. O que talvez não tenha sido lá uma boa ideia, porque a banca que
eu visitei não era uma das mais atualizadas em revistinhas. Eu estava muito
empolgada e logo que bati o olho em uma revista do X-Men eu já quis levar pra
casa (eu gosto muito de X-Men, aliás). O problema é que a revista era a
continuação de uma loooooonga história, aquela era a edição 142 (ou seja o
capítulo 142 de uma história), e ao ler, mesmo com as explicações que o enredo
me deu, não teve jeito, fiquei perdidona.
Esse é o maior problema de comprar as HQ’s, as
edições são mensais, e você tem que ficar atento para ler o começo de um arco. “Ai Lara, mas a edição numero um de qualquer hq foi publicada um
milênio atrás”. Das histórias clássicas sim, mas existem vários ciclos atuais
que são lançados 0 km nas bancas, isso não é problema. O problema é você achar HQ de algum herói que
te interesse e a banca da sua cidade ter o volume com o arco (início de uma história) no começo. É preciso ficar atento, por que o começo de um arco não é necessariamente o número #1. Começar do número #1 é certeza de acompanhar o arco desde o início, mas nos casos de outras HQ's, é preciso observa bem as informações da capa para não cometer o mesmo erro que eu.
Aliás, como se não bastasse, eu cometi o mesmo erro duas
vezes (sim, foi burrice), por que eu não me lembrei do número da edição que eu
tinha, e por burrice acabei comprando uma edição ainda mais antiga do que a que
eu tinha (!!!!!). Ao menos serviu para eu saber de alguma coisa que tinha
acontecido antes né? Não, errado. A história era de outro arco que não tinha nada relacionado com a outra história que eu tinha. Vejam que o maior empecilho é esse, as edições. Você
precisa ir todo mês até as bancas atrás da continuação da história que está
lendo, e se quiser começar, tem que torcer para que haja uma do começo da
história, ou então esperar alguns anos torcendo para dar a sorte daquela
história ser publicada em um volume único.
Parece complicado, mas basta ter atenção e ir
visitar uma banca que se mantenha atualizada sempre. Além do mais, meu papel
aqui é ensinar a vocês a não caírem nos meus erros. Eis então algumas dicas:
1)
Olhe as edições:
Não tem jeito gente, tem que olhar. Se você escolheu
aquela HQ que parece ser super uhuu e decisiva, mas a edição dela estiver muito
para frente, é melhor deixar para lá. Pegar uma história pela metade pode
diminuir seu entendimento e não ter tanta graça. Dê preferencia ao número 01,
no máximo estourando, até a número 3 ou 4, mais do que isso pode ser
complicado. A não ser que você não se importe de pegar o bonde andando né?
Nunca se sabe.
2)
Folheie, leia a sinopse:
Assim como comprar livros, é sempre bom ver se a
história é do seu interesse. Não vai nessa de que “UAU É UMA HQ DO BATMAN VOU
LEVAR!! CORINGA ME BEIJA”, as vezes é uma HQ de um universo alternativo, com
uma história triloca, e você pode acabar decepcionado. Boa parte das bancas
disponibilizam quadrinhos fora do plástico pra você dar uma conferida antes,
então por que não conferir?
3)
Pergunte:
Está com dificuldades de escolher? Pergunte ao
dono da banca, peça sugestões, e caso ele não conheça muito, pergunte para o
coleguinha do lado, às vezes ele pode dar algumas boas dicas. Não tenha
vergonha de não saber.
4)
Pesquise:
Se estiver muito perdido antes de ir às bancas, dê
uma olhada em alguns sites, como o Omelete, Universo HQ e o Legião dos Heróis,
eles sempre mantem em pauta várias informações e novidades sobre os quadrinhos
e você pode ir aprendendo aos poucos.
5)
Agrade-se:
Não compre nada só por parecer legal ou cult,
compre por querer conhecer, por achar legal. Se você está indo na onda de
heróis só por ir, não vale a pena. É sempre bom escolher algo com que você se
identifique. Se super heróis não forem sua praia, não se preocupe, há trocentos
de outros gêneros. Leu e não gostou? Escolha outro tipo, o importante é que
você se identifique com o que está lendo.
Tomando o tópico 05 como partida, no próximo post
vamos falar das Graphic Novels e de suas vantagens, citarei em especial a mais
recente que li: Marvels, que retrata o olhar dos cidadãos em relação aos heróis
superpoderosos.
Espero que tenham gostado, e não deixem de comentar
suas opiniões e/ou experiências indo às bancas. Abraços.
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