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O tempo passa.
O segundo anterior, que era
presente, já virou passado. Neste exato momento, que agora já virou poeira
passada na história, você está lendo este texto e ele já é passado. Cada linha
lida já passou, assim como o tempo desperdiçado lendo-a.
O agora de um segundo atrás
já não é mais presente. Virou história. Foi-se. Irrecuperável. Estranha maneira
de se comportar o tempo tem. Fugaz.
A fugacidade desse maldito
tempo é o que me tira o sono.
Cada minuto que passa é um
minuto a menos na minha curta jornada nesse mísero planeta. O agora já é
passado, e só o futuro pode ser considerado presente, então.
A sensação que tenho é de
que o tempo está passando mais rápido do que deveria. O que mais me perturba,
entretanto, é a sensação do mau uso que faço do meu tão querido tempo. Não o
aproveito como deveria.
Você sente isso também? Não?
Talvez? Já sentiu?
Já sentiu como se estivesse
jogando fora o precioso tempo que lhe é dado? Já sentiu como se cada movimento dos
ponteiros do relógio fosse como um soco no estômago, te lembrando de que os
segundos, os minutos, as horas, os dias, as semanas, os meses, os anos estão
passando?
Tic, tac. Tic, tac. Tic, tac.
É como se o relógio, essa
máquina estúpida inventada para "medir" a passagem do tempo, estivesse caçoando de mim, cuspindo o tempo que passa aos seus pés, rindo debilmente e murmurando:
“Seu tempo está passando. O que pretende fazer?”.
Ora, aos diabos com isso! Eu
não sei!
Assusta-me a ideia de chegar ao final de minha triste e
patética vida e, ao fazer um balanço de tudo, perceber que, realmente, eu
joguei meu tempo no lixo.
“Parabéns!”, alguém irá
dizer, “Você não soube aproveitar seu tempo de maneira produtiva ou coisa que o
valha!”. Mas, afinal, acho que não sei mesmo.
Mas, já dizia Machado de
Assis a famosa frase que, coincidentemente, já foi citada em outro texto deste
blog e a qual eu parafraseio aqui: “Matamos o tempo e ele nos enterra”. E nos enterra rindo de nossa cara,
tomo a liberdade de acrescentar.
Matamos o tempo e a
consciência volta para nos atormentar. Matamos o tempo e sentimo-nos terrivelmente culpados, com uma sensação mista de poder
e remorso. Matamos o tempo, enfim, e ele nos esbofeteia a cara com sua passagem
rápida demais.
Olá Victória
ResponderExcluirParabéns pelo belíssimo texto. O tempo passa sem nossa permissão, sem avisar. Sempre fui meio contra essa passagem de tempo acelerada de mais para nossa tão curta vida. Já estou no meu oitavo mês de gestação. Parece que foi ontem mesmo que descobri que estava grávida e agora já está tudo pronto aguardando a chegada de meu bebê. A vida é curta de mais. As vezes, temos que parar pra aproveitá-la, se não será tarde de mais.
Beijos
Vidas em Preto e Branco
Lary, obrigada!
ExcluirParabéns pela gravidez!!! =D
E sim, a vida é bem curta e, pra piorar, o tempo teima em passar muito rápido. É por isso que devemos aproveitá-la ao máximo, sempre. Carpe diem ;)
Beijos!
Adorei o texto e nos remete a aproveitar um pouco mais cada minuto, porque infelizmente não podemos parar ou voltar atrás.
ResponderExcluirBeijinhos querida.
http://cabinedeleitura1.blogspot.com.br/2015/02/unboxing-joia-rara.html
Oba! Fico muito feliz que tenha gostado do texto!
ExcluirSim, infelizmente não podemos recuperar o tempo perdido, mas podemos sempre procurar aproveitar melhor o tempo que ainda nos resta, não é mesmo?!
Beijinhos! :*