O sonho do intercâmbio: viajando para a Espanha

Na verdade não sei como começar este post. Sempre tive problemas com o início de um texto, seja para o blog, seja uma redação, entre vários outros. Enfim.

Sempre tive um sonho: fazer um intercâmbio. Meu intercâmbio ideal seria para um país de língua inglesa, mas acabei vindo para a Espanha, onde vou ficar por quase 6 meses na cidade de Zaragoza.

Neste primeiro post quero falar um pouco de como consegui o intercâmbio e da viagem que fiz.

O programa que entrei não é o Ciência sem Fronteiras, até porque eu faço Jornalismo. Se chama Bolsa Ibero-americanas, do Santander Universidades. Você faz a inscrição pelo site, e depois tem que levar o comprovante de inscrição para um lugar em sua universidade específico para assuntos internacionais (na minha se chama DAI – Diretoria de Assuntos Internacionais), onde provavelmente vão pedir um monte de outros documentos para finalizar a inscrição. Você pode conferir aqui os programas e as bolsas de intercâmbio pelo Santander.

Mas atenção: antes de fazer a inscrição, preste atenção se sua universidade é parceira do programa que escolheu. Não vai adiantar nada se não há o programa onde você estuda.

Depois de feita a inscrição, a universidade aplicou um teste de espanhol, e, junto com a sua média total no histórico (geralmente a média mínima tem que ser 7) e atividades extracurriculares, vão te classificar com notas. Para a minha universidade, eram apenas 5 vagas, ou seja, somente os 5 com as melhores notas.

Depois de aprovada no teste, contrato com o Santander feito, você vai receber a bolsa. A minha foi de 3 mil euros para toda a minha estadia na Espanha, o que não vale muita coisa porque todo mês tem aluguel para pagar, comida para comprar, e também várias outras coisas que você vai precisar, por isso junte o máximo de dinheiro possível – seus pais provavelmente vão ter que te ajudar quando estiver fora.

O mais estressante até agora foi tirar o visto. Pelo o que sei, Espanha e Brasil não se dão muito bem diplomaticamente, e o visto para os brasileiros acaba sendo uma enorme dor de cabeça – e dor nos bolsos também.

Para um visto de estudante válido por 6 meses, eu precisei de:

- Passagens para Brasília (aqui você tem que ver qual é o Consulado mais próximo de você, no meu caso é a Embaixada)

- Pagar a taxa de R$ 192,00

- Um passaporte que esteja válido por toda a minha estadia

- Original e cópia do histórico escolar atualizado com a assinatura da pessoa que assinou em nome da minha universidade reconhecida em cartório e depois reconhecida no MRE – Ministério das Relações Exteriores (mais conhecido como Itamaraty) e também traduzida ao espanhol por um tradutor juramentado

- Original e cópia da carta de aceite da universidade que está me recebendo

- Original e cópia dos seus documentos pessoais – Passaporte, RG, CPF e título eleitoral

- Carta do Santander comprovando que ganhei uma bolsa

- Preencher uma ficha da embaixada que é disponibilizada online

- 2 fotos 3x4.

O próximo passo foi comprar a passagem para a viagem. Uma viagem MUITO cansativa.

Para os que não sabem (90% de vocês), moro em Palmas, capital do Tocantins. Fiz Palmas (PMW) - Brasília (BSB), BSB - São Paulo Guarulhos (GRU), GRU - Madrid (MAD). Só de São Paulo para Madrid pela Air Europa foram 10 horas dentro do avião.

Pelo menos o avião era ótimo, o espaço das poltronas estava confortável (pelo menos para mim) e havia várias opções de entretenimento. A comida também era muito boa, e era servida constantemente. Outra coisa: havia uma manta e um travesseiro em todas as poltronas.

Mas após descer em Madrid, ainda havia outro obstáculo: chegar em Zaragoza. Não comprei passagem de avião pra lá porque iria sair quase o dobro do preço. Resolvi optar por descer em Madrid e de lá pegar um trem.

Como foi andar de trem de alta velocidade pela Espanha, a neve que vi no caminho e meu início de vda em Zaragoza eu conto no próxmo post. Até breve!