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Série Percy Jackson: O caminho de O Mar de Monstros





Autor: Rick Riordan                                        
Editora: Miramax Books
Editora no Brasil: Intrínseca
Ano: 2006
Páginas:286

Segundo volume da saga Percy Jackson e os olimpianos, O Mar de Monstros narra as novas aventuras de Percy e seus amigos na busca do Velocino de ouro, o único artefato mágico capaz de proteger o Acampamento Meio-Sangue da destruição. É com essa missão que ele e outros campistas partem para uma eletrizante viagem pelo Mar de Monstros, onde deparam com seres fantásticos, perigos e situações inusitadas, que põem à prova seu heroísmo e sua herança. Está em jogo a existência de seu refúgio predileto e, até então, o lugar mais seguro do mundo para eles. Antes de tudo, porém, nosso herói precisará confrontar um mistério atordoante sobre sua família - algo que o fará questionar se ser filho de Poseidon é uma honra ou uma terrível maldição.

Como segundo livro da saga, a escrita mais ligeira, não é necessário apresentar muitos personagens, apenas desenvolver a relação entre eles. E é justamente para isso que o livro serve, desenvolver e evoluir a relação entre os personagens que durante os próximos livros têm uma participação essencial na história, como Clarisse, filha de Ares, que no primeiro livro funcionava apenas como uma antagonista casual. 

Dessa forma, o único personagem novo digno de nota é Tyson, um ciclope com idade mental de quatro anos. Ele é o grande responsável por boa parte das risadas que o livro trás. Várias vezes durante a leitura me peguei pensando “tomara que ele nunca cresça”, porque é realmente fofo sua forma inocente de agir. 

  
Dentro desses sentimentos que Tyson nos trás, nós vemos outra face dos deuses olimpianos, ainda mais humanizada que o livro anterior e mais terrível. De certa forma, Riordan nos prepara para compreender os motivos que levaram o grande “vilão”, o semideus e ex–amigo de Percy, Luke, a ir para o lado dos malvados titãs. Como se o autor não quisesse que nós o odiássemos completamente. 

O livro também tem sua dose de clichês desnecessários. O pior deles, o qual eu realmente fiquei incomodada, foi a saída do personagem Quíron, mentor do Acampamento Meio-Sangue. Ele é responsabilizado pelo envenenamento da árvore de Thalia que protege o acampamento, por essa razão é substituído por Tântalo, figura conhecida da mitologia grega como o homem que foi jogado ao Tártaro e condenado a nunca saciar sua fome e sede. O que acontece a partir daí? Ele institui jogos perigosos, fica do lado da antagonista Clarisse e odeia o personagem principal e seus aliados. Parece familiar não é? Desde o começo me recusei a comparar “Percy Jackson & Os olimpianos” com “Harry Potter”, mas realmente acho que Rick Riordan poderia ter feito melhor.


Outros personagens importantes da mitologia também figuram algumas páginas do livro, como a bruxa Circe, mãe de Medéia, o ciclope Polifemo e, talvez o melhor de todos, Ninguém. 



Embora seja uma leitura divertida, o segundo livro da série parece mais um spin-off ou aqueles contos que mostram os personagens fazendo outras coisas. Ele não é essencial. 

“Mar de Monstros” funciona como uma ponte cheia de distrações para o momento em que tudo realmente começa a se solucionar, mas vale a pena como uma leitura leve para a tarde de domingo.

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