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Bloodline: nova série da Netflix comprova o padrão de qualidade do serviço online.




Produção: Netflix
Lançamento: 20 de Março de 2015
Gênero: Drama, Suspense
Episódios: 13
Sinopse: Bloodline conta a história de uma família de três irmãos adultos que moram em Florida Keys. Embora muito unidos, os segredos e as cicatrizes que eles guardam serão revelados quando o quarto irmão, a "ovelha negra da família", retorna para casa.
A expressão “drama familiar” nos remete instantaneamente a tramas novelescas, pois o gênero é a fórmula indispensável em qualquer folhetim do horário nobre. Bloodline, nova série da Netflix, pertence à essa categoria em todos os aspectos. Poderia ser um novelão de sucesso na TV aberta brasileira, caso qualquer roteirista global tivesse a capacidade de escrever algo parecido.


Porém, a melhor comparação que a nova aposta da Netflix no ramo de séries merece é com um bom livro de verão. Os 13 episódios da primeira temporada, já disponibilizados pelo serviço, funcionam como um capítulo isolado de um romance, daqueles que se lê nas férias, balançando em uma rede ao vento fresco. Para entender o porquê disso, basta saber um pouco mais sobre o enredo.

A história gira em torno da família Rayburn, donos de um tradicional resort na belíssima Florida Keys, que vêem suas vidas sofrerem uma trágica reviravolta após o inesperado retorno de Danny Rayburn (Ben Mendelsohn), o filho mais velho e ovelha negra do clã. Robert Rayburn (Sam Shepard) e Sally Rayburn (Sissy Spacek) os patriarcas da família, e seus filhos John, Kevin e Meg Rayburn (respectivamente Kyle Chandler, Robert Leo Butz e Linda Cardellini) são obrigados a lidar com um trauma do passado, revivido pela presença do problemático Danny, o que os levará ao limite da conduta moral.

O ritmo de Bloodline é progressivo, como um quebra cabeças que aos poucos vai se montando na tela em cada episódio. Cabe ao espectador tentar juntar as peças e entender o que aconteceu com os Rayburns no passado, além de prever a tragédia anunciada que está por vir, como consequência de um acontecimento que jamais foi superado por nenhum membro da família. O uso constante de flashbacks e flashforwards auxiliam nesse intento.

Entrando em méritos de produção, a série não deixa a desejar, o padrão de qualidade que a Netflix apresenta em suas produções é respeitado aqui à risca. Mas o maior destaque de Bloodline são as hipnotizantes atuações de todo o elenco principal, já fortes candidatos a vencer premiações como Emmy e Globo de Ouro. E se você gosta da estética cinematográfica em séries de TV, esta não vai te decepcionar nesse quesito.

Bloodline não é a série que vai explodir a cabeça dos assinantes, mas pode ser mais um dos motivos para assinar Netflix, já que o serviço online tem mostrado um surpreendente catálogo de produções originais (e eu mal posso esperar por “Demolidor”).

Por fim, se você resolver se entregar à Bloodline esteja preparado emocionalmente para os quatro últimos episódios da série, pois a carga de tensão aqui compensa qualquer momento arrastado dos episódios iniciais. E quando subirem os créditos finais tenha certeza de que seu ombro estará um tanto pesado, porque o sentimento de culpa é tão impactante que talvez contagie violentamente o espectador mais envolvido, pois como dizem os cartazes da série: “Os Rayborns não são pessoas más, mas eles fizeram uma coisa terrível.” 

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