Encontrando velhos amigos com "Royal Wedding"

 

Sinopse: Em Royal Wedding, o décimo primeiro livro de O Diário da Princesa, a princesa Mia está planejando seu o casamento com o seu amor de longa data Michael Moscovitz, porém tudo entra em perigo quando os paparazzi descobrir um surpreendente segredo: Mia tem uma irmã mais nova perdida há muito tempo.
Agora, um político está usando o escândalo real para forçar o pai de Mia a abdicar o trono, deixando Genovia sem um monarca... A menos que Mia pode provar a todos, especialmente a si mesma, que ela está finalmente apta para governar.

Não me lembro exatamente com quantos anos li o primeiro livro da série “O Diário da Princesa”, acredito que não tinha mais de 12 anos na época e uma das minhas maiores lembranças é estar deitada na cama lendo-o durante a noite, afoita por cada página das desventuras de Mia Thermopolis.

Hoje com 23 anos relembro os livros do primeiro ao décimo com uma nostalgia agridoce. Crescer junto com Mia foi um dos principais pontos de impacto sobre a minha personalidade, inclusive o amor incondicional pelos livros e a paixão eterna pela sua intérprete no cinema, Anne Hathaway. Por esse mesmo motivo, quando soube no fim do ano passado que Meg Cabot, minha autora favorita por mérito, escreveria um décimo primeiro livro intitulado “Royal Wedding” (cuja tradução no Brasil aposto que será “O Casamento da Princesa”), a mesma alegria de encontrar um velho amigo se mostra como um espelho da minha própria evolução enquanto estivemos distantes. 

 

Meg Cabot é a rainha da linguagem de diário, diversos livros da autora se aproveitavam desse  artifício para aproximar o leitor da história com seus comentários oportunos. Royal Wedding promete não decepcionar seguindo a mesma linha dos livros que o antecedem, porém mais do que esperar ver a Mia cheia de opiniões de sempre, espero ver a mesclagem dessa habilidade de Meg com o tom adulto de outras de suas séries escritas, como "O garoto da Casa ao Lado", "Tamanho 42 não é gorda", entre outros. Um dos meus maiores interesses é saber se O Diário da Princesa vai crescer como seus antigos leitores, ou ainda espera conquistar o novo nicho de adolescentes.  

 

  
Para mim é difícil até mesmo ser objetiva em relação a essa história, sinto que estou reencontrando uma velha amiga. Reencontros trazem lembranças e é impossível não relembrar quando aos 17 anos realizei o sonho de encontrar Meg  em sua única visita ao Brasil para a Bienal do Livro de 2009 no Rio de Janeiro. Naquele dia fiquei muitas horas em muitas filas para ter a oportunidade de vê-la falar sobre suas obras principais em uma palestra muito rápida para o meu gosto, embora seu bom humor tenha feito valer a pena, essas muitas horas também valeram para conseguir seu autógrafo em dois dos seus livros que mais gosto "O garoto da Casa ao lado" e "Princesa Para Sempre". Tenho também lembranças de suas entrevistas da época que diziam que não iria dar um adeus para Mia, mas estava pronta para tirar boas férias da personagem. Férias que sinceramente não coloquei fé que acabariam. Aquele momento de estar perto da minha autora favorita foi um dos mais doces que pude viver, e guardo com carinho a memória compartilhada com meus amigos mais antigos. 

Os anos passaram, todos mudamos, e agora com o décimo primeiro livro da série não sinto a mesma empolgação insana de algo que mal me aguento de vontade de ter, mas com certeza, assim como Meg se sentiu pronta para nos contar o que mais aconteceu com a Princesa, eu estou preparada para reencontrá-la. Vamos crescer juntas de novo, Mia.