Magricela, cabelos negros e alvo, o inexperiente andarilho percorrera trilhas repletas de penhascos, lagos e vales atemorizantes durante quarenta dias. Segundo sua mãe, todo o esforço valeria a pena quando chegasse à cidade em que a magia impera e os dragões convivem pacificamente com os humanos. Seu segredo estaria a salvo ali.
Suas bochechas rosadas evidenciavam a magnitude do
vento gélido e sorrateiro. O eterno cansaço se transformou em euforia no momento em que enxergou as
torres
distantes do majestoso castelo de Camelot. Porém, como toda felicidade é passageira,
o rapaz desabou no chão como um fruto maduro. Lágrimas surgiram em seus olhos temporariamente
amarelos. Seria seu fim?
Um curandeiro local hospedou o jovem mago em sua
casa, assim como ofereceu abrigo a ele logo após retomar a consciência. Todos da cidade fofocavam que a senhora morte o
poupara naquele dia. Sobretudo após compreenderem o modo como ele fora
encontrado. Arrepiava os pelos da nuca até dos mais céticos. Seus pés tinham
aspecto de garras e uma mordida marcava seu pescoço. Não era uma mordida
qualquer, somente um dragão poderia ter feito aquilo. Porém dragões não mordem
pessoas.. Não é mesmo?
***
O suor percorria o tórax desnudo do andarilho,
assim como seus cabelos negros durante sua caminhada matinal. Um rapaz loiro pomposo atiçava
um menino de aproximadamente oito anos na vila serena de Camelot.
- Qual é o problema dele? Está roxo. – proferiu o loiro. –
Parece que está morto. Continue, sor Loras. Ele está adorando – Virou para o
cavaleiro ao seu lado e começaram a atirar maçãs na criança.
- O que estão fazendo?- interferiu Merlin. – Procure
alguém do seu tamanho.
Os dois se entreolharam e o sorriso de deboche veio
logo em seguida.
- Amigo, quem você pensa que é?- perguntou rispidamente
o moço loiro com aparência de cavaleiro.
-E quem você pensa que é? O rei ??? – devolveu o mago.
Sorrisos elevados adentraram a cidadezinha naquele instante.
O rapaz de cabelos dourados não era o rei, porém era filho do mesmo: príncipe Arthur.
Uma pena. Começo, meio e fim de uma era estavam na mão dos dois, no entanto, tudo seria posto a perder naquele local. O caminho deles sempre esteve entrelaçado, mas tudo ocorreu errado durante o primeiro e último encontro. A profecia que envolvia ambos não iria mais se concretizar. E a magia estava destinada ao caos.
Arthur olhou mais uma vez para o inimigo. Não podia mais esperar, puxou sua espada em um momento de distração do mago. A lâmina afiada não pensou duas vezes e encontrou o coração de Merlin,
ao mesmo tempo em que seus olhos azuis tornaram-se amarelos.
Tarde demais para os dois. A magia é poderosa e espadas não erram. O destino permitiu que a morte seria a melhor escolha para os tempos difíceis que viriam. Fazer o quê? Destino é destino.
ESTE TEXTO FOI BASEADO NA SÉRIE BRITÂNICA MERLIN, DA EMISSORA BBC ONE
Oi!
ResponderExcluirCurti como você escreve, principalmente das descrições. Amo pensar no personagem como em um filme. Posso só te dar uma sugestão? Eu não consegui distinguir bem as personagens, me confundi um pouco. Fora isso, acho que você tem potencial! Poste mais e me avise! :)
Clara
@clarabsantos
clarabeatrizsantos.blogspot.com
Oi, Clara!
ResponderExcluirMuito obrigada pelo comentário e pela sugestão. Concordo sobre a questão dos diálogos. Foi falta de atenção haaha Desculpe pela confusão.
Concertei essas e outras coisinhas que passaram despercebidas em um primeiro momento.
Abraços e volte sempre