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Sobre (e talvez ) a primeira crônica que decidi escrever: Entre cuidar da vida de fulano e observar os seres humanos


Como novata neste blog e, ainda por cima, novata em crônicas, fui atrás de informações sobre o assunto, e confesso que não sei se o que pretendo escrever aqui encaixa-se no rótulo citado no título deste escrito. A questão é que este texto pode ser mais uma reflexão filósofica do que qualquer outra coisa. Ou talvez não seja. O leitor que analise da melhor forma. Vamos ao que interessa.

Quando pensei em produzir este texto, fiquei com uma dúvida tremenda sobre o que escrever e qual assunto falar. Por ter lido sobre a crônica, sei que se trata de ‘contar algo cotidiano’. Decidi, então, escrever algo nesse estilo. Recebi conselhos de uma colega, e eis aqui o que refleti e refleti e refleti...

Se tem uma coisa que eu gosto muito é observar as pessoas. Observar cada uma delas, as mais possíveis. No transporte coletivo, na rua, em festas, shows, qualquer lugar. Porque observar uma pessoa, principalmente uma desconhecida, faz com que eu formule hipóteses sobre a mesma. Por exemplo, por que ela está com determinada roupa? Será que vai encontrar alguém? E se for, é amigo, familiar? E se for familiar, será que aconteceu alguma coisa importante, positiva ou negativa? Tipo isso.

Não encaro isso, e espero que você, leitor, não o faça também, como ‘cuidar da vida alheia’. Há uma linha tênue entre observar, formular hipóteses e o ‘cuidar a vida de fulano’. A questão é que observar as pessoas faz com que eu crie histórias sobre elas. E é engraçado, porque as histórias sempre me ensinam algo.

Uma colega, a mesma que citei no segundo parágrafo, contou que um dia viu alguém chorando na rua, e isso fez com que ela refletisse sobre o que poderia ter feito esse alguém chorar. E aí eu pensei sobre o assunto e cheguei à conclusão de que, se fosse eu, eu tentaria consolar a pessoa de alguma forma.

Coincidentemente, isso me aconteceu essa semana. No caso, eu era a pessoa chorando. E outra pessoa, observadora, deve ter formulado hipóteses, imaginado o que me fazia chorar e decidido me consolar. Simplesmente disse: ‘Não chora não, tá?’. Não chorei mais.


É por isso que eu observo as pessoas. Sempre há histórias por trás de cada ser humano e histórias por trás das histórias e ainda mais histórias por trás das histórias. E se você não identifica essas histórias, você pode simplesmente formular hipóteses, criar suas próprias histórias, imaginar, e até tentar ‘puxar um papo’, animar a pessoa. O importante, claro, é não ultrapassar a crucial linha tênue entre observar e ‘cuidar da vida de fulano’. Isso não é legal!

2 comentários:

  1. Parabéns Vic. É uma coisa que também faço... fico imaginando de onde essa pessoa veio pra onde ela vai, o que ela faz, as expressões, mas logo somem da minha cabeça... como meus cabelos.

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  2. Vic adorei seu texto, sua crônica.
    Tbm tenho paixão por observar pessoas e tentar adivinhar o que elas estão pensando ou simplesmente o que levou a ter algumas atitudes, ações ou reações na rua.
    Beijinhos e orgulho master de você!!!

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