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O decepcionar de si mesmo


Mais branco do que o papel, apenas minha mente. O turbilhão casa, trabalho, estudos e vida amorosa lavou minhas ideias com sabão e água sanitária. Agora as palavras me escapam, o sono me enturva os olhos enquanto meu coração anseia pelo que foi perdido.

É duro olhar para um trabalho árduo e não gostar do resultado. É duro algo prazeroso se tornar sofrido e não ter ninguém a culpar além de si mesmo. Minha capacidade diminuiu? Ou ela nunca foi boa o suficiente? Se tanta gente consegue conciliar as coisas, por que não eu? O suspiro me escapa, não há respostas. É uma pena, mas já foi.

Há um gosto amargo na desistência, pior que que o do fracasso. Desistir mostra a todos as fraquezas que sempre luto para esconder. Meu processo criativo nunca foi fácil, mas ele já teve seus dias de glória. Dá saudade de olhar para aquilo tudo e sentir orgulho.

Mas chegou ao fim.

Rasguei as páginas escritas, as amassei e as joguei no lixo. Agora olho para o branco da página nova e me pergunto quando a preencherei novamente com algo que realmente preencha meu coração, mas não vai ser fácil. Minha cabeça agora se superlota com facilidade.

Meu tempo parece tão curto.

E produzir é um verdadeiro martírio.

Sei que não é certo ser tão pessimista em torno de si mesmo, mas eu me conheço. Eu sei quem eu sou. Sou uma desistente. Sempre fui. E isso sempre machuca, por que não queria desistir.

Não há lição de moral atrás desse texto. “Acontece com todo mundo”, mas ninguém é todo mundo e a decepção é diferente para cada um. O importante é que ela é existe e só um bom punhado de perseverança e autoestima podem amenizá-la. E essa é a parte mais difícil.

Nota: Por motivos pessoais, a história original GLASS, postada semanalmente neste blog foi cancelada pela autora.

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