Estive pensando bastante sobre qual livro fazer minha resenha, e então
estava vagabundeando no Twitter e vi um tweet da Paris Filmes divulgando
Divergente, e tudo ficou claro como água! Aproveito para relembrar um pouco
dessa história, e estar com ela fresquinha no dia 17, que é quando o filme
lança nos cinemas brasileiros.
Autor: Veronia
Roth
Editora: Katherine Tegen Books
Editora no Brasil: Rocco
Ano: 2011
Páginas: 502
Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto. A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é. E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.
Divergente é
uma distopia, assim como Jogos Vorazes,
ou seja: não é um mundo lindo e perfeito onde todos os personagens vivem um
conto de fadas. Após uma guerra terrível, os muros da cidade em que se passa a história são fechados, e foram criadas as facções, cada uma com uma personalidade diferente, e toda a população teria
que se encaixar em apenas uma facção, o que significa ter apenas um traço de
personalidade. Se você é da Abnegação, você
deve sempre ajudar os outros e não pensar em si mesmo, egoísmo é algo que não
existe dentro desta facção; Amizade,
onde todos são amigáveis como o nome já diz e “legais”; Audácia é o lar dos corajosos, não há
lugar para covardia; na Franqueza,
todos devem sempre falar a verdade, não importa o quê; e Erudição, que é a facção dos intelectuais. Há também os sem facção,
que são os “mendigos” da história.
Primeira coisa que você deve saber sobre o livro: é escrito todo em
primeira pessoa. Quando a escrita é assim, realmente entramos na mente do
personagem, mas depois de alguns capítulos fica parecendo um monólogo. Não sei
se acho isso bom ou ruim. É bom por um lado, e chato de outro. Então acho que
os dois lados se compensam, certo?
A história é interessante, e a escrita da autora é boa apesar de
parecer um monólogo e o modo como ela conta a história, cheia de intrigas
políticas e sociais, leva o leitor a refletir sobre o assunto e os problemas tratados.
Não estou falando muito da história do livro em si, já que isso pode ser
conferido na sinopse. Só tenho que adicionar que a personagem principal é sofre perseguições por ser diferente das demais, ser divergente, ter mais do que apenas um traço de personalidade, e também que a maior parte do livro é somente
mostrando a dura iniciação da personagem na facção que escolheu.
Os personagens não são muito bem desenvolvidos, salvo a personagem principal,
Beatrice. Acho que esse é um dos problemas da escrita em primeira pessoa:
sempre o personagem que narra é mais desenvolvido do que os outros, já que eles
estão sujeitos a aparecerem somente pelos olhos do narrador.
Para mim, a leitura foi boa e agradável, e as 500 páginas do livro
passaram mais rápido do que deveriam.
Uma coisa interessante da história de Veronica Roth é que ela soube
exatamente onde parar para deixar o leitor curioso para o próximo livro, Insurgente. Vale a pena conferir e
ficar ansioso para o filme assim como eu
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