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Escola de Equitação Para Moças: um drama familiar intenso


Autora: Anton Disclafani
Editora: Riverhead Hardcover
Editora no Brasil: Intrínseca
Ano: 2013
Páginas: 335


Sinopse: No verão de 1930, Thea Atwell, de quinze anos, é afastada de sua casa, na Flórida, e mandada para uma escola interna para meninas. Situada nas montanhas Blue Ridge, na Carolina do Norte, a Escola de Equitação Yonahlossee para Moças é bem diferente da infância idílica que Thea levava com o irmão na fazenda da família - um mundo agora parcialmente arruinado. Inserida em um novo e complicado ambiente social, em que jovens são julgadas com base no dinheiro da família, na linhagem e na aparência, Thea luta contra sentimentos avassaladores de culpa e saudade de casa ao mesmo tempo que tenta se encaixar na nova realidade. Forte, apaixonada e determinada, mas também egoísta, crítica e autodestrutiva, Thea alterna a narrativa entre o que se passou em sua casa e seu dia a dia na escola, e aos poucos desvenda a verdade por trás do afastamento da família, mas não antes de questionar como esse mistério afetará seu futuro. Um vívido romance sobre sexo, amor, família, dinheiro e classe social, 'Escola de equitação para moças' transporta o leitor para outra época e mostra que mesmo os pais mais protetores não são capazes de impedir que seus filhos tornem-se adultos.


Esse livro foi um evento inesperado que aconteceu tão repentinamente que fiquei surpresa. Tive a oportunidade de ganhá-lo em um sorteio, e eu já o procurava a muito tempo.

O livro foi lançado em 2013, mas veio para o Brasil em 2014. Ele costuma ser tratado como um daqueles que você pega na prateleira e logo perde o interesse. Talvez porque a capa não chame tanto a atenção. Porém, se você já perdeu a oportunidade de ler esse livro por achá-lo desinteressante o olhando apenas pela capa, sinto muito em dizer, mas você julgou um bom livro pela capa.

O enredo já se inicia sem rodeios: Thea Atwell é mandada para a Escola de Equitação Yonahlossee  para Moças por um motivo que tentamos descobrir durante a leitura de todo o livro. É traçado um paralelo entre o presente e o passado, com personagens envolventes e intensamente descritos. Quando Thea fala de si mesma em diferentes contextos, nos identificamos com ela, mesmo que sem querer.

Há a grande presença da família, em todos os seus aspectos. Não somente da qual faz parte a protagonista, mas de um modo bem geral. Existe um olhar clínico até para os personagens menos importantes.

Vale lembrar que a crise de 29 é uma personagem de destaque dentro da narrativa, e ela foi o motivo pelo qual eu quis tanto ler esse livro. Nos damos conta do tamanho da perda das pessoas devido a ela, as famílias que continuaram intactas, as famílias que não tinham mais rumo.

Por conta da biografia da autora, a questão sobre uma possível “narrativa de si mesma” me perseguiu durante toda a estória. O amor por cavalos e hipismo é algo que Anton consegue demonstrar perfeitamente por intermédio de Thea. A presença de detalhes sobre o modo de vida dos cavalos é incrível, um diferencial que poucos livros abordam.

Se você se prende facilmente a um drama cheio de escândalos, não vai deixar de ler esse livro. Ele, com certeza, tem muito a oferecer.

3 comentários:

  1. Ter um fato histórico tão relevante quanto a crise de 29 como um "personagem" da história me deixa instigada. A capa realmente não ficou legal, a intrínseca mandou mal, a imagem de fundo é interessante, mas os outros elementos da capa ficaram estranhos, a cor da letra ficou ruim, misturando o as letras com as imagens. Por conta de um trabalho ruim de capa, muita gente pode deixar de ler um bom livro.
    Abraços!

    Fran

    http://corujadequinta.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Concordo plenamente com você Fran, a capa podia ter sido melhor trabalhada, mas isso não foi culpa da Intrínseca, já que a capa da versão em inglês é a mesma. Porém, a história é muito bem colocada e fatos históricos importantes como a crise de 29 sempre me instigam a ler um livro, assim como como instigam a você. Muito obrigada pelo seu comentário e por ter lido essa humilde resenha. Beijos!

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  2. nossa esse livro me lembrou bastante o filme sedução,com Eva Greenn no qual uma jovem também é mandada para um colégio interno e lá,passa a sofrer com as investidas de sua professora Mr.G e o ciúme de suas colegas de internato. E também é baseado em um livro

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