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O desapontar-se com alg(uém)o



Leitores, leitores. Por dias refleti sobre o tema da crônica de hoje. Por dias me perguntei sobre o que escreveria, uma vez que há alguns dias não posto uma crônica neste blog. Acontece, queridos leitores, que situações do cotidiano, principalmente as que me marcam, fazem com que eu queria exprimi-las em palavras, para que o peso delas sobre meus ombros fique menor. Então, é isso.


Todos nós, em algum momento de nossa vida, sofreremos alguma decepção. Leitor amigo, sim, é verdade. Todos nós, em algum momento, teremos de provar deste fruto amargo. E isso acontece porque erramos. E porque as pessoas das quais gostamos (ou não gostamos tanto assim) erram também. Errar é humano. O xis da questão, entretanto, é como reagimos a estas situações.
Existem pessoas que aceitam e seguem em frente, e fazem bem. Existem pessoas que demoram para superar, mas o acabam fazendo. E existem, leitor amigo, aquelas que acumulam decepções. Aquelas que as colecionam como se fossem a coisa mais bonita para se colecionar. Aquelas que, a cada desapontamento, enchem um compartimentozinho do coração com um sentimento a princípio imperceptível.
E ah!, leitor, é triste! É tão triste, é cortante, na verdade, ver alguém que, ao longo de sua vida, fez uma coleção de decepções e guardou-as num cantinho bem protegido dentro si. Esse acúmulo constante muda qualquer pessoa, na maioria das vezes, para pior. Este acúmulo tem consequências horríveis.
Muitas pessoas, que por tempos colecionaram decepções como qualquer um colecionaria qualquer outra coisa, tornam-se insensíveis. Perdem a fé nas coisas ou nos outros. E acredito que o pior seja isso. A insensibilidade. A perda de fé. O querer confiar e não conseguir. O querer aproximar-se e não conseguir. Acredito que essa seja a parte mais difícil. A parte do não ser mais o mesmo. A parte do não querer machucar-se mais. A parte do afastar-se. A parte, enfim, do adeus.

Adeus, mundo cruel. Eu o estou deixando hoje. Adeus, adeus, adeus” (Pink Floyd – Goodbye Cruel World)

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