O Caso dos Dez Negrinhos- Apenas uma palavra: Brilhante!

Autor: Agatha Christie

Ano: 1988

Páginas: 218

Nota: 5/5

Sinopse: Dez pessoas são convidadas pelo misterioso U.N. Owen para passar alguns dias numa ilha perto de uma aldeia pouco movimentada, onde uma trova infantil é a pista para misteriosos assassinatos.

Dando sequencia à Maratona Agatha Christie, chegou a vez do livro mais esperado escrito pela autora, isso porque de 10 fãs da série, 9 consideram a sua melhor obra.

Quem será a próxima vítima? Quem é o assassino? São perguntas que permeiam o leitor durante TODA a leitura.

Dez pessoas que possuem algo em comum se encontram isolados na misteriosa Ilha do Negro, todas elas chegaram a ilha por um motivo diferente e no primeiro dia, após o jantar  em vez de um disco tocar uma música, o que se ouve é uma gravação (O livro foi lançado em 1939 e a gravação foi tocada através de um gramofone) onde cada um ali é acusado de um crime. E não pense que é apenas a acusação de um crime que elas tem em comum. Após uma morte ocorrer, todos se sentem ameaçados e suspeitos ao mesmo tempo. 

Temos, portanto, um romance policial e um thriller psicológico envolvente, nenhum personagem está seguro e essa sensação de insegurança e medo permeia por toda a leitura.

O livro é narrado em terceira pessoa e não temos Poirot ou Miss Marple, estrategicamente Agatha não colocou nenhum detetive na história, portanto não temos aquele personagem que faz a ligação e descobre o assassino e confesso que não fizeram falta.

Outros recursos são utilizados: durante algumas passagens, a autora dá voz aos pensamentos dos personagens sem os identificar.

Um verdadeiro quebra-cabeça de mentiras, vaidade e medo, muito bem executado e    explicado no epílogo.

Eu coloquei uma sinopse bem curtinha e evitei ao máximo entrar no enredo, pois é uma experiência fantástica ler o livro as cegas, então eu faço um convite: quem não leu, leia! É para ser devorado em 1 dia de tão curtinho e empolgante de ler.

Obs: Recentemente as editoras estão publicando com o título "E Não Sobrou Nenhum"

Nota 5/5