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Creed: Nascido para lutar – uma bela homenagem


Direção: Ryan Coogler
Roteiro: Ryan Coogler e Aaron Covington
Ano: 2015
Duração: 133 min.
Gênero: Drama, Esportes
Nota: 4,5/5


Como já comentei em minha resenha sobre Rocky Balboa, a franquia já estava muito bem fechada, por isso este filme tinha uma missão difícil: assim como Adonis, seu protagonista, ele precisava provar que é digno do nome e não apenas uma farsa fabricada pela indústria do Marketing. Vamos ver como se saiu seu diretor e coautor Ryan Coogler.

À primeira vista, parece um simples remake de Rock: Um Lutador, o primeiro da triologia: a história de um lutador desconhecido que tem a chance de enfrentar o campeão mundial e, apesar das dificuldades e de ser considerado inferior, acaba surpreendendo e se torna famoso. Só que essa impressão é falsa e, logo nos primeiros minutos, percebemos que Adonis não é Rocky, e suas lutas são outras.

O filme possui muitas homenagens e referências à série original: como as cenas de treinamento ao som de uma música empolgante (não, não é Eye of Tiger), a clássica subida da escadaria e o treino tentando pegar uma galinha. As similaridades da história também são evidentes, mas só. Coogler fez um b om trabalho, que tanto presta um tributo ao trabalho de Stallone quanto é independente e capaz de conquistar seus próprios fãs.

A começar pelo perfil dos personagens: Rocky lutava para sobreviver, porque não sabia fazer outra coisa e precisava de dinheiro; Adonis não, tinha uma situação financeira estável e até um bom emprego em um escritório e até é promovido, ele não tinha motivos para se envolver com um esporte sangrento que matou o seu pai antes de seu nascimento, mas ele tinha que luta – desde criança lutar estava no seu sangue e ele tinha certeza disso.

Além das motivações, outro aspecto da história separa os dois pugilistas: Rocky nunca teve problema com seu nome e seu legado, para ele Balboa e “Garanhão Italiano” eram parte de sua personalidade e não havia nenhum conflito nisso. Já Adonis, não queria revelar a ninguém que era filho do famoso Apolo Creed e utilizava o sobrenome da mãe biológica, Johnson, e temia que pensassem não era digno do nome do pai ou que só conseguiria alguma coisa por ser filho de um campeão famoso.

Essa questão do nome, bem como autoaceitação e a procura de uma figura paterna dão o tom dramático da obra, mas é nas cenas de luta que o filme se destaca, com suor, sangue espirrando e corpos caindo brutalmente no chão, a realidade dos efeitos especiais impressiona. O diretor não mostra os rounds em sequência, como Stallone faz nos outros filmes da franquia, são exibidos apenas os momentos mais tensos e os efeitos sonoros, o uso de câmera lenta e de planos inclinados aproxima o tanto o telespectador do ringue que é possível sentir cada soco como se ele que estivesse sofrendo, e não o personagem na tela.

Com uma boa história, personagens fortes e lições de vida importantes, esse filme é uma boa indicação, seja você fã dos filmes de Rocky Balboa ou não.

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