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Outlander, Ecos do Futuro – Maior e Melhor



Autora: Diana Galbadon
Editora: Editora Arqueiro
Ano: 2019
Páginas: 912
Nota: 5/5

Sinopse: Em meio à Revolução Americana, o ex-jacobita Jamie Fraser e sua esposa Claire precisam decidir de que lado sua família estará. A escolha deveria ser fácil, já que Claire nasceu no século XX. Mas as coisas nunca são simples para os Frasers. Jamie preferiria morrer a ter que enfrentar seu filho ilegítimo, um jovem tenente do Exército Britânico. Enquanto isso, na relativa segurança do século XX, a filha de Jamie e Claire, Brianna, e seu marido, Roger MacKenzie, estão vivendo em uma histórica casa escocesa onde, através de um abismo de dois séculos, o drama da história dos pais de Brianna vem à tona através de uma pilha de cartas de Claire. Essas frágeis páginas revelam o amor e a jornada dos dois saindo da Carolina do Norte pelo mar, onde encontram corsários e batalhas no oceano. Até agora, o amor do casal sobreviveu a todos os perigos que a história colocou em seu caminho, mas, no caos da guerra, com famílias divididas, o pior está prestes a acontecer. Com a participação de personagens históricos, como Benjamin Franklin, Ecos do futuro é uma obra-prima de imaginação e aventura. Um romance que ecoará na mente do leitor por muito tempo depois que a última página for virada.


Com Ecos do Futuro, Diana Galbadon conseguiu um feito que não tinha sido alcançado nem por George R. R. Martin em sua célebre Saga Crônicas de Fogo e Gelo: manter a qualidade e coerência por longos 7 obras (uma vez que ele parou na 5a ao que parece indefinidamente), e ainda por cima expandir o núcleo central ao dar mais destaque a personagens coadjuvantes, como Ian.

 Sei que estou atrasado com esta resenha, deveria ter publicado em 2019 quando o livro foi lançado, mas devido ao tamanho e outras dificuldades demorei muito para terminar a leitura, afinal um livro de Outlander merece ser degustado com tempo e paciência, para que possamos absorver toda a sua grandiosidade. Terminei já tem um tempo e, aproveitando o hype da série da Stars que está pra lançar sua sexta temporada.

Este foi um dos capítulos mais aguardados por mim, por finalmente chegar na Guerra de Independência dos EUA, os outros conflitos descritos na obra não foram tão conhecidos e nem influenciaram tanto a nossa História como este, logo a presença dos fatos e personagens históricos dizem pouca coisa para os leitores brasileiros.

Também chama a atenção, “Um sopro de neve e cinzas” é finalizado em 1777, enquanto “Ecos” inicia-se no ano anterior, 1776, esta não-linearidade que não é inédita nesta saga, explica-se porque a obra trata de vários pontos de vistas diversos, aborda eventos que culminam em acontecimentos que só acontecerão em outra obra, enfim, como na História real, o enredo não é um acontecimento contínuo, mas um emaranhado de eventos fluídos que se sobrepõe e se intercalam quase que aleatoriamente.

Como na Francesa, na revolução Americana, os Frasers, se encontram divididos entre os dois polos, uma vez que William, mesmo não carregando o sobrenome, não deixava de ser da família.

E como uma obra-prima, a autora não se limita a uma única trama e o livro não busca só na guerra suas narrativas, pois a família precisa retornar à Escócia para James recuperar sua máquina de impressão, e este fato gera vários acontecimentos, como a difícil viagem de navio que relembra “Resgate ao Mar”; um comentário aqui, os criadores da Série Game of Thrones da HBO deveriam ter esse cuidado que tanto Galbadon quanto George Martin sempre tiveram, uma viagem longa naquela época é muito diferente de hoje quando pode-se só pegar um avião e descer em outro continente.

Além da busca da máquina, a viagem tem outras repercussões, afinal Ian havia cometido um assassinato nas treze colônias e James deve cumprir a promessa feito à sua irmã de protegê-lo de qualquer represália. Aliás, como Ian o filho biológico de James também ganha muito destaque nessa obra, assim como outros núcleos que aparentemente foram abandonados ao longo da saga são retomados.

Achei muito inteligente a ideia das cartas serem uma forma de conexão com a família no Século XX, afinal tanto Claire quanto Brianna são muito sagazes e sabem que a História é importante, mesmo não podendo se comunicar diretamente, por esse meio eles conseguem ter noção do que aconteceu. Outro ponto pra autora.

Enfim, a história é cheia de suspense, subtramas e eventos grandiosos, é melhor eu parar aqui que não quero dar spoilers, mas acredite, o livro é excelente e vale a pena cada minuto de leitura.

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