Direção:
Tim Miller
Roteiro:
Rhett Reese e Paul Wernick
Ano:
2016
Duração:
1h36 min.
Gênero:
Ação, aventura, comédia
Nota:
4/5
Wade Wilson começou como um
vilão, mas o personagem fez tanto sucesso que ganhou um arco próprio e status
de anti-herói, é um dos personagens mais carismático da Marvel, apesar de ser
um mercenário que não mede suas ações (e muito menos as palavras) e tem orgulho
de afirmar que não é herói. Esse personagem pouco ortodoxo ganhou seu primeiro
filme e já chegou abalando.
O primeiro filme solo de
Deadpool (o personagem já havia aparecido em Wolverine:
Origens, 2009), assim como ele, é puro deboche: desde seus créditos
iniciais antes mesmo do personagem-título sequer aparecer, o espectador é
fuzilado com frases nonsenses de zoação com os criadores do longa, o tom
humorístico é uma constante do filme, onipresente até mesmo nas cenas de mais
tensão, ele não perdoa ninguém, faz piadas do filme, dos personagens, de si
mesmo, do estúdio, dos x-men que aparece ele zoa tudo, a aparência, nome, a
casa etc. Até o Wolverine (seu inimigo nos quadrinhos) que nem aparece no filme
ele faz palhaçada.
O risco desse excesso de
humor é grande, algumas situações podem parecer forçadas e piadas demais
aumentam a chance de acabarem perdendo a graça e se tornarem simplesmente
chatas, assim como aquele parente sem noção que faz piada de tudo em um evento
familiar e acaba se tornando ridículo.
Felizmente, os roteiristas
Rhett Reese e Paul Wernick foram impecáveis, as piadas saem naturalmente e não
parecem forçadas (embora muitas sejam de gosto duvidoso), e o filme também
possui ação, romance, um pouco de horror e até mesmo uma pitada de filosofia,
quando Deadpool fala que a vida é como vários acidentes de trem, com breves
momentos de felicidade no meio.
Por isso, em uma das cenas
iniciais enquanto ele mata um dos antagonistas, fala que não é um filme de
herói, é um filme de romance e depois muda de ideia e fala que é um filme de
terror. Percebe-se que o filme possui profundidade, embora seja escondida em um
mar de comédia – assim como Wade, desde o começo de sua história ele sempre
ajuda quem julga precisar e só mata quem acha merecer – é um personagem
aparentemente caricato mas que traz consigo o drama e a profundidade
necessários para que o filme seja mais que simples besteirol.
Por tudo isso, é um filme
muito divertido, assim como seu protagonista, totalmente debochado e sem a
pretensão de ser levado a sério, sua única intenção é fazer seu público dá boas
risadas e conseguindo ir além, trazendo junto com elas uma história
interessante e muito nem redigida. Uma excelente escolha para aliviar das
tensões do dia a dia.
Olá Alessandro,
ResponderExcluirEstou muito querendo ir ao cinema com meu filho, sei que é diversão garantida.
Obrigada pela dica.