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A Mulher na Janela – Muitos medos, dúvidas e poucas certezas




Autor: A. J. Finn
Editora: Editora Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 352
Nota: 5/5


Sinopse: Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.


Para um leitor de hoje, acostumado com blockbusters e thrillers de ação, a leitura pode parecer arrastada e até um pouco cansativa, se você sente assim só posso lamentar que a leitura não lhe agradará. Agora, se você gosta de um bom enredo psicológico, uma leitura inteligente que vai além de correrias e tensão física, aposto que vai adorar a leitura!



A história nos é narrada sobre o ponto de vista de Anna Fox, uma psicóloga que mora sozinha em uma bela casa, e sofre de agorafobia (fobia por locais abertos) e passa o dia com a mania obsessiva de bisbilhotar os vizinhos, bebendo muito vinho, assistindo filmes antigos, conversando na internet com pessoas que sofrem da mesma doença. Por aí pode-se perceber que é uma pessoa com sérios transtornos mentais que não mantém uma vida saudável.

Tudo piora quando chegam os novos vizinhos e Anna fica obcecada em descobrir tudo sobre a família. Alistair é o pai, Janet a mãe e Ethan o filho, os Russels parecem uma família perfeita e Anna acha que começa a desconfiar que eles guardam algum secreto.

Como todo bom thriller psicológico, viajamos na mente da protagonista, e como ela ficamos perdidos entre delírios e realidade, esta jornada se assemelhar a um labirinto em que podemos tomar caminhos diversos, confusos e errados, há muito mais dúvidas que certezas, e essas podem ser desfeitas a cada capítulo de modo que ela pensa que há algum crime, mas ninguém nem ela mesmo acredita nisso.

Os leitores cinéfilos vão gostar das várias referências aos grandes filmes do gênero, os capítulos são recheados de referências e citações a diálogos de algumas das principais obras do suspense psicológico do início do século XX, principalmente do célebre diretor Hitchcock. Como dito antes, Anne assistia muito a esses filmes e isso a confunde, de modo que nem ela e nem o leitor sabe o que é memória real e o que é cena de filme.

A protagonista é muito bem escrita, felizmente os personagens secundários também. Finn, soube desenvolvê-lo de modos que não fiquem reduzidos às características iniciais e sua relação com Anne é bem desenvolvida, todos apresentam atitudes que mudam da confiança para a desconfiança. No fundo, na sua mente atormentada, ninguém é o que aparenta.

Há muitos mistérios no Livro, alguns vão sendo resolvidos, conforme a trama acontece, e os leitores são muito enganados, mesmo assim outros vem surgidos e a grande revelação, e a forma como tudo acontece, fica para o final.

Com uma trama inteligente, cheia de referências e homenagens, se você é fã de thrillers psicológicos como eu, A Mulher na Janela tem tudo para ser um dos melhores lançamentos de 2018.

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