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Uma Proposta e Nada Mais – Muito além que uma proposta



Autora: Mary Balogh
Editora: Editora Arqueiro
Ano: 2018
Páginas: 272
Nota: 4/5


Primeiro livro da série Clube dos Sobreviventes, Uma Proposta e Nada Mais é uma história intensa e cativante sobre segundas chances e sobre a perseverança do amor.

Após ter tido sua cota de sofrimentos na vida, a jovem viúva Gwendoline, lady Muir, estava mais que satisfeita com sua rotina tranquila, e sempre resistiu a se casar novamente. Agora, porém, passou a se sentir solitária e inquieta, e considera a ideia de arranjar um marido calmo, refinado e que não espere muito dela.

Ao conhecer Hugo Emes, o lorde Trentham, logo vê que ele não é nada disso. Grosseirão e carrancudo, Hugo é um cavalheiro apenas no nome: ganhou seu título em reconhecimento a feitos na guerra. Após a morte do pai, um rico negociante, ele se vê responsável pelo bem-estar da madrasta e da meia-irmã, e decide arranjar uma esposa para tornar essa nova fase menos penosa.

Hugo a princípio não quer cortejar Gwen, pois a julga uma típica aristocrata mimada. Mas logo se torna incapaz de resistir a seu jeito inocente e sincero, sua risada contagiante, seu rosto adorável. Ela, por sua vez, começa a experimentar com ele sensações que jamais imaginava sentir novamente. E a cada beijo e cada carícia, Hugo a conquista mais – com seu desejo, seu amor e a promessa de fazê-la feliz para sempre.

A história é madura, com personagens intrigantes que deixam o leitor curioso sobre o que acontecerá com o tal clube dos sobreviventes. Com certeza o título engana e há muito mais no livro que uma simples proposta.

 Esse livro foge do que se espera de um Romance de Época, primeiro porque não foca apenas em um único casal: conta a história de Gwen, Lady Muir, e Hugo, Lorde Trentham e dá início à série “O Clube dos Sobreviventes”. Os sete amigos que compõem o Clube se reúnem para conversar sobre o trauma que sofreram durante a guerra napoleônica e em um desses encontros que, por acaso, Hugo Ermes - lorde Trentham - encontra Gwendoline Grayson, a viúva lady Muir. Saindo do clichê mocinha ingênua debutante e mocinho libertino, Mary Balogh nos presenteia com uma história mais profunda e cativante que apesar de permeada de Romance e até uma pitada de humor, não economiza no drama e descreve muito bem o cenário pós-guerra em que tudo acontece e as duras lembranças que os membros do clube vivem.

Apesar desse peso emocional todo, Gwen e Hugo possuem muita química e a história deles não parece nada forçada. Os personagens são apaixonantes, desde os protagonistas aos secundários e tudo flui coerentemente, é cativante a superação dos personagens de sua dor e o crescimento de todos. Isso o faz ser um livro doce de ler e emocionante, que pode levar às lágrimas os leitores mais sensíveis diversas vezes. Um trecho que demonstra bem esse crescimento:

“Sofremos neste lugar. Nós nos curamos neste lugar. Desnudamos nossas almas uns para os outros. [...] Uma vez por ano, porém, voltamos para recuperar nossa integridade ou para nos fortalecermos com a ilusão de que estamos inteiros.”
Por ser tão sensível, dramática, intensa e ainda trazer uma boa história de amor, esta obra é um ótimo começo de série que deixará o leitor ansioso pela continuação com o coração apertado.

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