
Direção: Sam Taylor-Johnson
Roteiro: Kelly Marcel
Duração: 125 minutos
Ano: 2015
Gênero: Drama/Romance
Embora
toda expectativa, ódio, críticas construtivas e destrutivas sobre a história,
seja ela apresentada no livro ou no filme; “50 Tons de Cinza”, a adaptação
cinematográfica do best-seller de E. L. James foi um dos filmes mais aguardados
do ano. Pode ser que você não o tenha esperado, mas a população 99% feminina do
cinema em que assisti discorda. E aproveitando toda essa hype aqui vai à
opinião sincera de uma leitora e espectadora ávida de livros/filmes de romance.
Indo para a parte que todos os que não assistiram ainda estão interessados, as cenas de sexo do filme não são isso tudo, principalmente comparado a outros filmes. Muito antes de o longa ser lançado, a diretora Sam Taylor-Johnson afirmou que iria criar uma atmosfera mais romântica do que sexual, ideia com a qual eu concordo, porque esse “choque” sobre o BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) no qual a maioria das pessoas se concentram quando pensam ou falam da história, na realidade não bate com o verdadeiro conceito cujo livro é escrito, que é basicamente... Crepúsculo e 300 milhões de livros e filmes feitos sobre essa mesma temática: Homem forte e bonito, preferencialmente rico, se apaixona por menina indefesa que reúne todas as inseguranças que uma mulher normal tem de forma exagerada. No fim os dois ficam juntos depois de lutar pelo amor e todos ficam felizes, principalmente os espectadores.
Indo para a parte que todos os que não assistiram ainda estão interessados, as cenas de sexo do filme não são isso tudo, principalmente comparado a outros filmes. Muito antes de o longa ser lançado, a diretora Sam Taylor-Johnson afirmou que iria criar uma atmosfera mais romântica do que sexual, ideia com a qual eu concordo, porque esse “choque” sobre o BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) no qual a maioria das pessoas se concentram quando pensam ou falam da história, na realidade não bate com o verdadeiro conceito cujo livro é escrito, que é basicamente... Crepúsculo e 300 milhões de livros e filmes feitos sobre essa mesma temática: Homem forte e bonito, preferencialmente rico, se apaixona por menina indefesa que reúne todas as inseguranças que uma mulher normal tem de forma exagerada. No fim os dois ficam juntos depois de lutar pelo amor e todos ficam felizes, principalmente os espectadores.
Não me entendam mal, eu gosto desse tipo de
história, e é exatamente por isso que eu digo com total certeza que 50 Tons de
Cinza não tem nada de fantástico e/ou original sobre sua criação.
Mas falando sobre o filme de forma geral, ele
funciona bem como um romance. Muito melhor, inclusive, do que o livro. Isso
porque a rapidez com que a relação entre Christian Grey e Ana se desenvolve funciona
muito melhor na linguagem cinematográfica do que literária; afinal as situações
precisam ser rápidas para encaixar 547 páginas em duas horas. Por consequência,
a primeira parte do filme é perfeita para quem gosta de romances. Ana conseguiu
o que sua deusa interior não fez por ela no livro, ser carismática. Algumas
tiradas engraçadas sobre sua própria relação com o milionário é o elemento
necessário para dar aquela leveza mais encontrada no gênero de comédias-românticas,
no qual a história a princípio não se encaixaria. Não teve nenhuma cena que
tenha sofrido um corte ou adaptação que tenha mexido nas emoções de quem leu o
livro. Na verdade, até o final do filme eu não senti particularmente falta de
nada, o que me faz confirmar meu pensamento primordial de que o filme seria
melhor em sua composição do que o livro.
Mas nem tudo são flores cinzas no apartamento do
Sr. Grey. Da segunda metade para o final, mais ou menos quando o “drama”
aparece, onde deveria haver o clímax, o filme sofre justamente por causa do
livro. E por que eu digo isso? Porque os diálogos rasos criados por E.L. James
(o maior pecado dela para com leitores como eu) começou a ser raso DEMAIS,
mesmo para um filme de um livro, onde isso normalmente já é esperado. O drama criado
parece surgir do nada. De repente Anastasia está feliz, de repente ela não
está. Sou uma pessoa compreensiva, e dá para entender o descontentamento dela
em uma relação que não é normal, em que deveria ter “amor”. Porém me parece algo
que deveria ser alcançado depois de algum tempo, e nem digo um tempo muito
grande, mas um tempo suficiente para que aquilo que a contenta a princípio, não
pareça mais satisfatório. Tanto no filme como no livro, o que mostra é que a
relação dos dois surgiu, cresceu, teve seu pico e se tornou cansativa em mais
ou menos três semanas.
“Mas Vanessa isso é uma história com E de ESTÓRIA”
“Mas Vanessa isso é uma história com E de ESTÓRIA”
Eu sei, mas a forma como é apresentado o “amor”
dos dois, beira ao ridículo um relacionamento tão, tão raso, com nenhuma base
mais forte que atração e sexo. Ou seja,
o que estraga o filme é o livro.
Mesmo assim, com as ferramentas que Sam
Taylor-Johnson teve em mãos ela fez um bom trabalho. O filme é absolutamente
“assistível”, e por sinal, tem uma trilha sonora bem mais cativante que a
atuação precária de James Dornan, que por mais belo e carismático que seja,
funciona mais como um homem fofo apaixonado do que o dominador complicado chamado
Christian Grey. Enquanto isso, Dakota Johnson brilha como a Ana não sabe fazer
em mais de 500 páginas.
Para quem é fã do gênero de romances, vale a pena
ir ao cinema como um programa leve para o feriado de Carnaval (ou para o Dia
dos Namorados americano, data em que o filme foi astutamente lançado), para
quem prefere um filme mais maduro, com um conteúdo mais interessante, é uma
perda de tempo, tal como as resenhas em que o sexo sem graça é apontado como o
principal quesito negativo do filme.
Concordo que o filme é melhor que o livro. Assisti ontem e vou dizer: Gostei muito, muito mesmo, ouso dizer que amei. Não sou fã de hot, não é meu livro preferido, tanto que li somente o livro 1 e demorei uns 6 meses para acabar e praticamente tudo que eu não gostei no livro não tinha no filme. Gostei da rapidez dos acontecimentos, do humor do filme, amei não ter a deusa interior e principalmente o filme não mostrar o pensamento da Anna que achei chatíssimo de ler. E as cenas foram bem sexys, gostei muito, no meu ponto de vista estavam na medida certa. E pq faz tanto sucesso, pq é um conto de fadas moderno, entendo que é uma releitura de A Bela e a Fera.
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