Autor: Ken Follet
Editora: Editora Arqueiro
Ano: 2017
Páginas: 816
Nota: 4/5
Sinopse: Em 1558, as pedras ancestrais da Catedral de Kingsbridge testemunham o conflito religioso que dilacera a cidade. Enquanto católicos e protestantes lutam pelo poder, a única coisa que Ned Willard deseja é se casar com Margery Fitzgerald. No entanto, quando os dois se veem em lados opostos do conflito, Ned escolhe servir à princesa Elizabeth da Inglaterra. Assim que Elizabeth ascende ao trono, a Europa inteira se volta contra a Inglaterra e se multiplicam complôs de assassinato, planos de rebelião e tentativas de invasão. Astuta e decidida, a jovem soberana monta o primeiro serviço secreto do país, para descobrir as ameaças com a maior antecedência possível. Ao longo das turbulentas décadas seguintes, o amor de Ned e Margery não arrefece, mas parece cada vez mais fadado ao fracasso. Enquanto isso, o extremismo religioso cresce, gerando uma onda de violência que se alastra de Edimburgo a Genebra. Protegida por um pequeno e dedicado grupo de talentosos espiões e corajosos agentes secretos, Elizabeth tenta se manter no trono e continuar fiel a seus princípios. Coluna de fogo é um dos livros mais emocionantes e ambiciosos de Ken Follett, uma história de espiões ambientada no século XVI que vai encantar seus fãs de longa data e servir como o ponto de partida perfeito para quem ainda não conhece seu trabalho.
Se você não leu os dois primeiros volumes, “Os Pilares da Terra” e
“Mundo sem Fim”, fique tranquilo – embora a história se passe no mesmo mundo,
os personagens são independentes e dá pra entender tudo lendo apenas o
terceiro; embora eu recomende fortemente a leitura da saga inteira.
O livro mistura personagens e fatos históricos, como a luta da
Rainha Elizabeth para se manter no trono, mesmo com a guerra religiosa em seu
país e pressão internacional contra, com fictícios como Ned Willard, o
protagonista do livro que é um espião do
primeiro serviço secreto da Inglaterra, que daria origem ao MI6.
Além dessa trama político-religiosa, ainda há o problema do
romance entre Ned e Margery Fitzgerald, um relacionamento conturbado pois as
famílias estão em lados opostos no conflito.
Em se tratando de política e espionagem, o leitor já pode esperar
muito suspense, o livro aborda décadas do reinado de Elizabeth, e ao longo dos
anos as tensões vão aumentando, assassinatos, complôs são comuns de ambos os
lados, e por envolver muitos personagens interessantes, o leitor fica na dúvida
pra quem torcer (pelo menos eu fiquei), uma vez que como Ned, ele não há como
saber a real intenção de ninguém.
Muita coisa pode ser dita sobre A Coluna de Fogo, como
descrito na introdução é uma obra que envolve muitos estilos, cheia de romance,
ação e suspense envolvendo vários personagens interessantes, mas eu só posso
pensar em uma palavra para defini-la: genial!
Genial, daqueles divertidos de ler – que apesar do elevado número
de páginas, você deve acabar a leitura em poucos dias porque não vai querer
parar. Genial, porque levanta muitas discussões sobre liberdade de expressão e
religiosa, além de abordar temas políticos em uma época pré-Revolução Francesa,
quando ninguém falava sobre democracia e liberdade. Genial por envolver tantos
enredos, tantos personagens, tantos anos e a história se manter coerente, sem
furos. E principalmente, genial por conseguir criar uma história tão
fascinantes envolvendo História real que parece que estamos lendo um tratado sobre
a Época retratada, não um livro de ficção.
O autor afirma “Quero jogar o leitor nesse mundo imaginário e que,
lá, ele esqueça o mundo real. Mas meus leitores gostam de aprender alguma coisa
e confiam nas minhas informações. Então, isso é, para mim, um bônus. Mas, o que
quero mesmo é encantar as pessoas”, ao relevar que este não é o último livro
dessa série – só não sabe quando ou sobre o que será o(s) próximo(s).
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